Distrito 9

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Depois do cinema esgotar o filão dos ETs malvados e dos ETs bonzinhos, surgem um novo tipo de alienígena: o ET favelado. A trama começa quando uma gigantesca nave extraterrestre pousa sobre Johanesburgo, maior cidade da África do Sul. Note que a nave poderia ter parado em Nova York ou em alguma outra grande capital norte-americana, mas parece que o GPS também não funciona direito no espaço sideral...

De qualquer maneira, alienígenas chegam à Terra como refugiados. Sem saber o que fazer com eles, o governo decide instalar os seres espaciais em uma área da África do Sul, o Distrito 9. No fim das contas, o local é uma imensa favela. Os ETs parecem ser inofensivos e sem muita vontade. Só se interessam mesmo por comida de gato.

Para controlar os alienígenas e mantê-los em seu devido lugar, é criada a Multi-National United (MNU). Mas a MNU tem outros interesses no Distrito 9. Os extraterrestres trouxeram várias armas com um alto potencial de destruição. O problema é que elas só podem ser ativadas por meio do DNA dos aliens. Ou seja, as armas alienígenas só funcionam para os alienígenas.

A situação ficaria para sempre em um marasmo digno de reunião do Conselho de Segurança da ONU, mas tudo muda quando um inepto burocrata Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley) é incumbido de transferir os alienígenas do Distrito 9 para outra área. Culpa dos problemas políticos e financeiros causados pela populaçao alienígena. De Merwe, então, começa a fazer o despejo das criaturas do local.

Infelizmente, surgem logo atritos entre os humanos e os extraterrestres. No meio da confusão, De Merwe é contaminado por acidente por um fluido alienígena. A partir de então ele se torna uma espécie de simbionte. Seu organismo começa lentamente a se transformar e ele ganha uma de brinde "mão alienígena".

Com o DNA extraterrestre em seu corpo, o governo percebe que pode usar De Merwe como uma arma. Pois agora ele é capaz de ativar todo o fantástico arsenal alienígena. De Merwe percebe que só será útil para a MNU enquanto for capaz de verificar como funciona cada arma.

Então decide fugir e tentar ajudar os aliens a voltarem para o seu planeta de origem. Para fazer isso, Wikus vai contar apenas com o auxílio de um extra-terrestre chamado Christopher. Depois de se tornar o mais procurado do mundo, o burocrata abandona sua casa e sem amigos e se refugia no único lugar onde ele seria aceito: no Distrito 9.

A trama de Distrito 9 dá muitas voltas para chegar sempre no mesmo lugar. Pouca coisa realmente acontece. Leva-se um tempo absurdo para se desenvover as situações (os trinta minutos iniciais são de um tédio que beira ao constrangedor. Além disso, o fato de o filme optar por um aspecto de documentário não ajuda muito no ritmo. Se o espectador conseguir evitar o sono vai ver uma sangrenta batalha final. E é só.

Distrito 9 não justifica tanta empolgação da crítica. Sim, é claro que existe uma crítica ao apartheid na trama, mas mesmo assim não é algo que vá mudar o mundo. O resultado final é um filme que leva 112 minutos para não dizer muita coisa. Mas pelo menos a gente não vê nenhum alien cantando funk...

J. Tavares

(District 9, África do Sul, 2009), Direção: Neill Blomkamp, Elenco: Sharlto Copley, Jason Cope, Nathalie Boltt, Sylvaine Strike, Elizabeth Mkandawie, John Summer, William Allen Young, Greg Melvill-Smith, Nick Blake, Jed Brophy, Louis Minnaar, Vanessa Haywood, Marian Hooman, Vittorio Leonardi, Mandla Gaduka, Johan van Schoor, Stella Steenkamp, Tim Gordon, Hlengiwe Madlala, Duração: 112 min.

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