Dirigindo no Escuro

Dirigindo no Escuro é um daqueles filmes de uma piada só. Woody Allen nitidamente parece com preguiça de desenvolver o interessante argumento inicial. O resultado é um filme indicado apenas para os fãs do cineasta.

Um cineasta famoso Val Waxman (Woody Allen) nos anos 70, quando chegou a ganhar dois Oscar, agora vive em um total ostracismo. Ele não recebe mais convites para trabalhar e vive de dirigir comerciais para a TV. Porém, ele recebe uma nova chance pelas mãos da ex-mulher, a produtora Ellie (Tea Leoni).

O problema é que Ellie o abandonou anos antes por um figurão de Hollywood Hal Jaeger (Treat Williams). Todavia, como a vida não está fácil para ninguém, Val aceita o convite para dirigir um novo filme. O problema é que pouco antes de começarem as filmagens ele tem um ataque de pânico e fica cego.

Mesmo assim, o agente do cineasta Al (Mark Rydell) acredita que ele pode dirigir o filme mesmo estando cego. Para isso monta um esquema de fazer inveja aos políticos brasileiros. Val mesmo sem ver nada precisa lidar com os ataques de estrelismos do diretor de fotografia chinês (Barney Cheng) e as tentativas de alcançar um papel maior da atriz Sharon Bates (Tiffani Thiessen).

No meio da confusão, uma jornalista bisbilhoteira (Jodie Markell) decide investiga as os problemas nas filmagens. Val e Ellie, claro, voltam a se aproximar. E o cineasta ainda arranja tempo para se reconciliar com filho metaleiro do primeiro casamento (Mark Webber)

Por fim, a grande piada é que um filme dirigido por um cego pode ser um sucesso nos Estados Unidos. Porém, sempre vai existir um crítico francês para achar tudo genial...

J. Tavares

(Hollywood Ending, EUA, 2002) Direção: Woody Allen, Elenco: Woody Allen, Tea Leoni, Debra Messing, George Hamilton, Mark Rydell, Treat Williams, Tiffani-A.Thiessen, Yu Lu, Barney Cheng, Neal Huff, Stephanie Roth, Roxanne Perry, Barbara Carrol, Peter Van Wagner, Judy Toma, Jodie Markell, Mark Webber, Duração: 114 min.

Voltar