Nas Profundezas do Mar sem Fim

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Sejamos sinceros um filme que tem a coragem de se chamar Nas Profundezas do Mar sem Fim só pode ser um dramalhão. Do tipo capaz de emocionar aquela sua avó que sofre de hérnia de disco e osteoporose. Se você está imaginando que o filme estrelado por Michelle Pfeiffer é um sofrimento só comparável a escutar 12 horas seguidas de música sertaneja acertou na mosca.

Beth Cappadora (Michelle Pfeiffer) é uma espécie de mãe-do-ano. Todavia, adora tratar seus filhos como se fossem fraldas descartáveis. Numa viagem, no meio do lobby de entrada de um hotel abarrotado, ela se distrai e acaba perdendo uma das suas crianças. Isso mesmo. Ben, de apenas 3 anos, dá uma de Mr M e pratica o truque do desaparecimento. A partir daí o filme é a luta desesperada de uma mãe para recuperar seu filho.

Só que a novidade é que muito tempo depois ela reencontra a criança que foi criada por outra família. Então, aos 12 anos de idade Ben é obrigado a se adaptar novamente a sua verdadeira família. Neste momento é que o filme naufraga direto e sem escalas nas profundezas do mar sem fim...

Fica difícil acreditar no drama dos personagens. Até parece que não existem psicólogos ou assistentes sociais nos EUA que poderiam ajudar na readaptação do garoto à sua verdadeira família. Tudo fica em uma choradeira inconseqüente. Portanto, ponha seu alcoolismo em dia e corra a geladeira mais próxima.

J. Tavares

(The Deep End of the Ocean EUA, 1999) Direção: Ulu Grosbard.  Roteiro: Stephen Schiff.  Elenco:Michelle Pfeiffer, Treat Williams, Whoopi Goldberg Jonathan Jackson, Ryan Merriman. 105 min.

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