Cruella

cruella-2021 cruella-2021 cruella-2021 cruella-2021 cruella-2021

Aparentemente as vilãs da Disney resolveram contratar uma agência de Relações Públicas. Depois de Malévola, é a vez de Cruella provar que não é uma pessoa má, apenas foi vítima das circunstâncias. Aliás, essa parece uma desculpa padrão de políticos brasileiros quando são julgados pelo STF. Bem, se funciona na vida real por que não funcionaria na ficção...

A trama se passa antes do filme 101 Dálmatas e conta a história de Cruella De Vil. Sim, ela mesmo. Aquela que fazia casacos de peles usando cachorros. Como sempre acontece nesse tipo de filme, uma série de eventos traumáticos vão construir a personalidade de Cruella.

Desde criança, a pequena Estella (Tipper Seifert-Cleveland) já demonstrava uma personalidade forte. Ela perde a mãe em um incidente estranho e vai morar nas ruas de Londres. Encontra dois amigos trapaceiros (Joel Fry) e Horace (Paul Walter Hauser) e muda de nome. Passa os dias roubando as pessoas. Provavelmente daí surge o seu sonho de trabalhar no mundo da moda. Então, o principal objetivo de Cruella é trabalhar com a sua maior inspiração, a Baronesa (Emma Thompson).

As influências de O Diabo Veste Prada e Coringa são nítidas. Mas na moda - e no cinema - nada se cria, tudo se copia. Cruella realiza o seu sonho, mas a sua personalidade rebelde, geniosa e agressiva vai acabar colidindo com os planos da Baronesa. A partir daí, o mundo da moda vai entrar em Guerra. Com um verdadeiro tiroteio de glitter para todos os lados.

Cruella conta com uma atuação esforçada de Emma Stone e uma trilha sonora adequada, mas previsível. Porém, também conta com uns 20 minutos de gordura. Principalmente no último ato do filme. Agora, depois de tudo isso, o que falta? Um filme de origem da Baronesa? Para ela mostrar que também foi uma vítima de um mundo cruel e injusto? As vilãs da Disney se não ficaram mais espertas, pelo menos contrataram advogados melhores.

J. Tavares

P.S. - A Disney deve ter alguma obsessão com a história dos Dálmatas. Em 1996, já foi feito um live-action. Faz tempo. Tanto que, na época, a gente chamava live-action de, ora vejam só, filme. Enfim, a Cruella do filme foi vivida pela atriz Glenn Close.

(Cruella, EUA, 2021), Direção: Craig Gillespie, Elenco: Emma Stone, Emma Thompson, Mark Strong, Joel Fry, Paul Walter Hauser, Emily Beecham, Kirby Howell-Baptiste, Tipper Seifert-Cleveland, John McCrea, Kayvan Novak, Jamie Demetriou, Abraham Popoola, Leo Bill, Javone Prince, Steve Edge, Paul Chowdhry, Ziggy Gardner, Joseph MacDonald, Duração: 134 min

Voltar