Gostosa Loucura
Kirsten Dunst é uma daquelas apostas de Hollywood que leva a uma reflexão. Onde os produtores estão com a cabeça? A loirinha com cara de junkie só pode funcionar em algum papel de drogada. Se dependesse de seu verdadeiro talento como atriz ela estaria trabalhando com garçonete em algum cassino de Las Vegas.Talvez seja por isso que Gostosa Loucura foi solemente ingnorado pelas platéias americanas.
Nicole Oakley (Kirsten Dunst) é a problemática filha do congressista americano Tom Oakley (Bruce Davison). Como seu pai é um sucesso, ela obviamente é um fracasso. Perde seu tempo com festas e bebedeiras, enfim, uma vida adolescente saudável e normal em Los Angeles. Porém, um belo dia ela conhece o latino Carlos Nunez (Jay Hernandez) e se apaixona. Nunez é um pé-no-saco. Estudante totalmente CDF, não gosta de balbúrdia, planeja todo o seu futuro e não possui o menor senso de humor.
O filme é feito para agradar a colônia hispânica residente nos Estados Unidos. Atualmente, o segundo maior grupo étnico no país são justamente os espanhóis, superando, inclusive, os negros. Por isso, o personagem latino é decidido, centrado em seus objetivos. O contraste fica com a indecisa e problemática Nicole. Mesmo assim Gostosa Loucura não tem coragem de tocar na ferida. O preconceitos dos americanos contra qualquer coisa que não seja made in USA.
Evidentemente que o amor triunfa. Nicole e Carlos vão ficar juntos, apesar de suas diferenças culturais. A trilha sonora cheia de raps em espanhol, mostra que musicalmente a humanidade está mesmo morta e enterrada. Para fechar com chave de ouro a moral escrota do filme Nicole que em matéria de inteligência e parece uma espécie de Carla Perez dos gringos, acaba se acostumando as regras e se tornando mais uma força produtiva da sociedade graças a Carlos. Então tá.
(crazy/beautiful, EUA, 2001), Direção: John Stockwell, Elenco: Kirsten Dunst, Jay Hernandez, Lucinda Jenney, Taryn Manning, Rolando Molina, Bruce Davison, Duração: 102 min.