O Confronto
O que é pior do que um Jet Li? Dois Jet Li, é claro. O maior lutador de artes marciais com fios da atualidade resolveu dar uma de esperto e economizar os custos de produção. Assim, se escalou para fazer dois papéis. Ou seja, um cachê a menos. Pena que ele não usou toda está inteligência no roteiro de O Confronto, uma ficção científica de fazer corar o último ano do Arquivo X.
No futuro viajar pelo tempo vai ser mais fácil do que traficar no Rio de Janeiro. O problema é que atravessar mundos paralelos acaba causando muita confusão e correria em um sem fim de dimensões. Os criminosos aproveitam para fugir da lei em vários planetas ao mesmo tempo. Logo, as viagens dimensionais acabam proibidas e surge uma polícia especializada para capturar este tipo de bandido.
Gabriel Yulaw (Jet Li) é um ex-policial que descobre que ao matar réplica sua existente em outro universo ele acumula a força do falecido. Assim, ele começa a trucidar a si mesmo para ficar mais forte. Ele quer ser o único para ter o poder de um Deus. E como sói acontecer nestes casos vem parar na Terra. Aqui vai ter de enfrentar seu último clone Gabe (Jet Li, de novo). O detalhe é que Gabe também absorveu a energia das réplicas mortas e vai ser um osso duro de roer.
Tudo muito bem, tudo muito bom, mas... O principal problema de O Confronto é não fazer o menor sentido. Afinal, a lógica do roteiro indica que a cada clone morto a energia que sobra é dividida entre os demais. Então por que Gabriel Yulaw fica com a maior parte da bolada? Mais ainda: a cada morte todos os restantes deveriam ficar cada vez mais fortes. E isto não acontece. Enfim, nem vale a pena perder tempo discutindo os furos de O Confronto. O filme é altamente indicado para quem acredita fios pendurados no teto são sinônimo de arte marcial.
(The One, EUA, 2001), Direção: James Wong, Elenco: Jet Li, Delroy Lindo, Jason Statham, Carla Gugino, Duração: 87 min