Um Copo de Cólera

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Por acaso você algum dia já se perguntou por que o público odeia o cinema nacional? Ou o porquê as pessoas deixam as salas de exibição vazias quando descobrem que se trata de um filme brasileiro? Será que existe motivo para tanto ódio? Basta assistir Um Copo de Cólera para compreender que sim.

No filme um casal (Julia Lemmertz e Alexandre Borges) depois de um longa noite de sexo, discute sem parar na manhã seguinte. E é isso. É a velha fórmula SPP (sexo, porrada e palavrão) que vem norteando o cinema brazuca há décadas. Tudo culpa da cartilha do cineasta maluco criada por Gláuber Rocha e copiada até o limite do insuportável.

Um Copo de Cólera é baseado no livro homônimo de Raduan Nassar (quem? O quê? Como?) e resulta em uma inominável perda de tempo. O diretor Aluizio Abranches deveria ter vergonha de dirigir cenas tão canhestras. Depois dos 15 minutos iniciais onde Julia Lemmertz e Alexandre Borges mostram ao mundo o que fazem quando não estão vendo a novela das oito, tudo se resume a um desperdício de tempo e dinheiro.

Um detalhe: as pessoas falam sem parar em Um Copo de Cólera. É impressionante a quantidade de disparates proferida pelo casal do filme. Eles discursam mais do que candidato a prefeito de cidade do interior.

Fuja de Um Copo de Cólera como o diabo da cruz, a não ser que você queira tomar vários copos de goró sem qualquer crise de consciência. Afinal, o cinema brasileiro é uma das melhores justificativas para o alcoolismo.

J. Tavares

(Um Copo de Cólera, 1999), Direção: Aluizio Abranches. Elenco: Julia Lemmertz e Alexandre Borges e milhões de formigas. Duração: 70 loooooooongos minutos.

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