Borderlands - o Filme

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Primeiro eram jogos baseados em filmes. Agora filmes baseados em jogos. Em comum? Todos não prestam. E Borderlands não é exceção. Mas não é mesmo.

Também não é exatamente uma surpresa. O jogo nunca teve uma história coerente. Grande parte da história foi desenvolvida em DLCs, lançados após o lançamento do game em 2009.

A história desse filme mescla de forma inconsistente tudo que foi feito para a franquia. Coisas que foram desenvolvidas aleatoriamente em mais de três jogos. Não tinha como dar certo. E não deu mesmo.

Tiny Tina, por exemplo, era uma personagem que fora apresentada num DLC de Borderlands 2!? E no filme ela é um dos personagens principais! Tá certo, que hoje em dia, Tina já tem sua própria franquia. Com uns dois ou três jogos. Mas isso não é relevante. Certamente não para esse filme.

Você vai ganhar alguma experiência assistindo esse filme como no jogo? Não. Vai apenas perder uma hora e quarenta minutos de sua vida. E não vai conseguir contar isso como uma experiência para nada.

A trama começa com Roland (Kevin Hart) resgatando Tiny Tina (Ariana Greenblatt). O que aconteceu antes? Não importa. Depois de uma sequência de ação constrangedora, a dupla foge, mas a sua nave cai em um planeta hostil. Corta para o outro lado da galáxia. Uma infame fora da lei, Lilith (Cate Blanchett) é contratada por um figurão chamado Atlas (Édgar Ramírez) para justamente fazer o resgate de Tiny Tina.

Então, Lilith contra sua vontade vai acabar se unindo a uma inesperada equipe para fazer o resgate e abrir um vault (cofre). Diga-se de passagem, faz 200 anos que as pessoas esperam que esse treco abra! Francamente, isso não é começo de uma boa história.

O filme é um desastre. Se fosse no mundo da matemática, seria um conjunto vazio. Ele acaba e não tem nada. Uma cena de ação digna de nota, um diálogo ao menos engraçado, um chefão final que de alguma urgência ao espetáculo. Nada.

Vale dizer que depois do filme Mario, Jack Black achou que ia se consagrar novamente. Ledo engano. Seu Craptrap que é totalmente crap. Aliás, era melhor e mais barato contratar o dublador original do personagem...

Outro problema é que Lilith ficou mais velha para servir de figura maternal para Tiny Tina! Isso é uma aberração e não tem nada a ver com o game. Diga-se de passagem, existem diálogos demais. Isso é Borderlands não Resident Evil. Quer explicação? Pergunta pro porteiro. Borderlands basicamente é um motivo para sair atirando em todo mundo e trocando de armas sem parar.

Para deixar tudo ainda mais indigesto, as sequências de ação são tão medíocres que parecem coisa feita para televisão. Sim. Dá para dizer que Eli Roth é culpado de praticamente tudo. Ele ficou famoso por dirigir o Albergue. Filme de terror onde pessoas são torturadas sendo obrigadas a assistir Borderlands o Filme sem parar. É muita crueldade...

Saulo Gomes

(Borderlands, EUA, 2024), Direção: Eli Roth, Elenco: Cate Blanchett, Ariana Greenblatt, Kevin Hart, Jamie Lee Curtis, Jack Black, Édgar Ramírez, Benjamin Byron Davis, Charles Babalola, Gina Gershon, Florian Munteanu, Bobby Lee, Haley Bennett. Duração: 100 min.