Uma canção de amor para Bobby Long

Uma canção de amor para Bobby Long é um daqueles filmes recomendados para quem acha que o tédio é sinônimo de qualidade cinematográfica. O filme é lento, arrastado, desinteressante e previsível. Pode ser usado em hospitais como um potente sonífero.

A trama começa quando Purslane Hominy Will (Scarlett Johansson) recebe uma triste notícia. Sua mãe acaba de falecer. Porém, ela lhe deixa de herança uma casa em New Orleans. Como não tem mais nada a fazer da vida, resolve então retornar à sua cidade natal e ver o tal imóvel.

Contudo, Pursy descobre que o local já está habitado. Dois homens que são o exemplo mais prático de derrotados e perdedores moram em sua casa. Bobby Long (John Travolta), um amigo da sua mãe e que foi há muito tempo, um brilhante professor de literatura. O outro morador é Lawson Pines (Gabriel Match) protegido de Bobby e seu biógrafo oficial.

Como ninguém quer dar o braço a torcer, todos vão ser obrigados a conviverem juntos. Bobby e Lawson têm um projeto claro de vida: encher a cara até acabar com toda a bebida de New Orleans. Claro que isso irrita a jovem Pursy. Depois de um período de estranheza e hostilidades, ela faz o que toda mulher mais gosta. Ou seja, mudar (e moldar) o comportamento dos homens.

Claro que Pursy consegue devolver a Bobby Long e a Lawson um sentido para suas vidas inúteis. O filme empilha clichê em cima de clichê sem a menor combra de constrangimento. O trio de atores atua em ponto morto. O destaque fica por conta de John Travolta que durante a trama consome uma quantidade generosa de goró. Quer dizer, só mesmo assim para aguentar Uma Canção de Amor para Boby Long.

J. Tavares

(A Love Song for Bobby Long, EUA, 2004), Direção: Shainee Gabel, Elenco: John Travolta, Scarlett Johansson, Gabriel Macht, Brooke Mueller, David Jensen, Nick Loren, Patrick McCullough, Sal Sapienza, Deborah Unger, Duração: 120 min.

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