O Homem Bicentenário
Sinceramente, Robin Willams deve ter voltado a cheirar cocaína, pensando melhor, começado a fumar crack para aceitar um papel como esse. Só alguém muito mal assessorado para tomar parte de um projeto tão medíocre como O Homem Bicentenário. O filme é um abuso cinematográfico, uma estultice sem tamanho nem proporção. Cuja história narra uma espécie de fábula moderna sobre uma família que compra um robô capaz de ter emoções e consequentemente sofrer conflitos existenciais e outras distrações humanas.
Agora quem é que precisa de um robô desses? Ninguém, obviamente. E o pior é que alguém achou que isso poderia ser interessante o suficiente para se fazer um filme. Acreditem ou não essa história é baseada num livro de Isaac Asimov, pai da ficção científica para losers.
O filme se arrasta por mais de duas horas e não se define como comédia ou drama. É uma mixórdia de situações anódinas e irritantes. O diretor Chris Columbus joga, espertamente, o filme nas costas de Robin Willams, tentando tirar o seu da reta. Mas nada poderia salvá-lo de tamanho fracasso.
Enfim se houvessem realmente robôs capazes de sentir emoções, ao verem esse filme, com certeza, iriam se esbaldar. Pois poderiam experimentar uma vasta gama delas: náusea, tédio, indignação etc.
(Bicentennial Man, EUA, 1999) Direção: Chris Columbus. Elenco: Robin Willams, Sam Neil. 131 min.