Bellini e a Esfinge

Bellini e a Esfinge trata de uma questão fundamental. Malu Mader vai mostrar aquilo que o povo quer ver? A resposta é não. O que transforma o filme dirigido por Roberto Santucci Filho em uma imensa perda de tempo. A trama é baseada no livro de mesmo nome escrito (sic e sci) pelo guitarrista dos Titãs Tony Bellotto que também é o co-produtor e co-autor da trilha sonora.

A trama começa quando um renomado médico paulista, o Dr. Rafidjian (Paulo Hesse), contrata a agência de detetives de Dora Lobo (Eliana Guttman) para descobrir o paradeiro de uma garota de programa chamada Ana Cíntia Lopes. Infelizmente, Dora não tinha ninguém mais competente por perto e é obrigada a mandar para investigar o caso o detetive Remo Bellini (Fábio Assunção). Para garantir que a missão tenha um mínimo de sucesso, Bellini ganha o reforço da competente Beatriz (Maristane Dresch).

Para solucionar o mistério é preciso percorrer o submundo da noite de São Paulo. Bellini, é claro, se candidata a dura e árdua tarefa de percorrer todos os bares de striptease. Então acaba encontrando Fátima (Malu Mader), uma misteriosa prostituta. Bellini graças ao seu flexível código de ética acaba se se envolvendo com a mulher de vida airada.

No meio da investigação um assassinato brutal é cometido. E logo a situação se complica para a dupla de investigadores. Bellini e a Esfinge além da trama previsível, dos diálogos pífios, da direção de atores inexistente, peca pela total incompetência narrativa. O filme se arrasta e é pródigo em cenas inúteis. O público já percebeu tudo em menos de 15 minutos e tem de aguardar um oligofrênico Bellini chegar a conclusão óbvia. Enfim, Bellini e a Esfinge assim como a Malu Mader não mostra a que veio.

Paulo Pinheiro

(Bellini e a Esfinge, BRA, 2001), Direção: Roberto Santucci Filho, Elenco: Fábio Assunção, Malu Mader, Maristane Dresch, Eliana Guttman, Paulo Hesse, Marcos Damigo, Rosaly Papadopol, Cláudio Gabriel, Carlos Meceni, Neusa Velasco, Jedson Costa, Vera Mancini, Duração: 120 min

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