Armageddon

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Yeap, você já viu esse filme antes: americanos salvam o mundo a beira do juízo final diante do perigo alienígena iminente. Parece que a fórmula de sucesso do filme Independency Day se repete aqui com o mesmo êxito. Patriotismo, efeitos especiais, uma idéia estapafúrdia e bastante inverossímil, um desenvolvimento improvável e um final que prega a união dos povos em torno dos Estados Unidos. Não por acaso o filme foi uma das maiores bilheteria nos Estados Unidos em 1998, com 200 milhões de dólares.

A despeito do excesso de pieguice e cretinice do filme, é preciso que se diga que Armageddon é diversão garantida, contanto que você deixe seu cérebro em ponto morto durante o filme. Se você pensar por um segundo pode botar tudo a perder. Tente imaginar um filme em que Bruce Willis é um especialista em perfuração de poços de petróleo que é chamado para perfurar um meteoro gigante, em rota de colisão com terra, para colocar uma ogiva nuclear em seu núcleo e implodi-lo. A idéia é partir o meteorito em dois, para que, assim, passe pelo nosso planeta sem atingi-lo. Não se pode esquecer do detalhe que o personagem de Bruce resolve levar sua própria equipe com ele. Um bando de desajustados, que fazem uma espécie de curso intensivo para astronauta pelo Senac dos EUA, e estão prontos para missão em menos de uma semana.

Mas a pior coisa do filme talvez seja a música do Aerosmith— para quem não sabe o vocalista da banda Stevie Tyler é o pai da atriz Liv Tyler, que faz o par romântico do filme com o ator Ben Affleck— que tem várias músicas na trilha sonora, incluindo a detestável "I don’t wanna miss a thing". Os espectadores poderiam ter sido poupados esse nepotismo invertido.

Saulo Gomes

(Armageddon, Eua, 1998) Direção: Michael Bay. Elenco: Bruce Willis, Billy Bob Thornton, Ben Affleck, Liv Tyler, Steve Buscemi. 150 mim.

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