A Promessa

Sean Penn é um sujeito chato, que virou um ator chato, que só faz filmes chatos. Não satisfeito, resolveu virar diretor. E manteve a coerência. Costuma dirigir histórias chatas sobre gente chata. A Promessa é um daqueles filmes ruminantes. A gente mastiga, mastiga, mas não consegue engolir.

O policial Jerry Black (Jack Nicholson) está às vesperas da aposentadoria. Como uma espécie de saideira resolve investigar o assassinato de uma garotinha de oito anos. Infelizmente, sobra para Black dar a notícia à família. Uma transtornada mãe o obriga a fazer uma promessa pela salvação de sua alma: encontrar o assassino.

A polícia trabalha rápido para condenar um suspeito índio chamado Toby Jay (um quase irreconhecível Benicio Del Toro). Só que Jerry não se dá por satisfeito. Como não tem mais nada para fazer, passa a encher o saco do seu colega de trabalho Stan Krolak (Aaron Eckhart).

Ninguém dá a mínima para Jerry. Como o ócio é a mãe de todos os vícios, Jerry não desiste de caçar o criminoso. Compra um posto de gasolina para servir de ponto de observação. Durante a sua vigília acaba conhecendo uma garçonete Lori (Robin Wright Penn) e sua filha pequena, Chrissy (Pauline Roberts).

Só que Jerry começa a pensar que pode usar Chrissy como isca. E as coisas começam a ficar complicadas. A Promessa tem uma narrativa lenta. O ritmo do filme é sonolento. O roteiro leva 165 minutos para um final canhestro e anticlimático. Realmente, Sean Pean é um mestre na arte de chatear o público...

Paulo Pinheiro

(The Pledge, EUA, 2001), Direção: Sean Penn, Elenco: Jack Nicholson, Robin Wright Penn, Aaron Eckhart, Pauline Roberts, Benicio del Toro, Vanessa Redgrave, Mickey Rourke, Sam Shepard, Harry Dean Stanton, Helen Mirren, Duração: 165 min.

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