O Amor Custa Caro

Os irmãos Coen vivem no passado. Eles insistem em emular um tipo de cinema que acabou no final dos anos 50. O Amor Custa Caro parece uma daquelas comédias ligeiras do tempo do Clark Gable. Nada de errado com isso. O problema é que falta ao filme um pouco mais de ironia e crueldade.

Miles Massey (Clooney) é um advogado campeão de vitórias judiciais no quesito divórcio. Ele se tornou uma lenda na profissão ao bolar o mais inviolável dos acordos pré-nupciais. Entediado com o sucesso, Massey procura desafios profissionais realmente instigantes.

Um dia, o endinheirado Rex Rexroth (Edward Herrmann) cruza a porta de seu escritório. Ele está prestes a perder metade da sua fortuna para Marylin (Catherine Zeta-Jones). Ela pediu divórcio depois de fragrá-lo com a amante. Mesmo com todas as chances de perder a causa, Massey decide defender o apalermado Rex.

E ele como todo bom advogado vence, atropelando a lógica e todo o sistema legal norte-americano. Isto, é claro, desperta a raiva de Marylin, que estava prestes a se tornar milionária. Massey obviamente se apaixona por Marylin. Ela, porém, aguarda a chance de se vingar do homem que acabou com seus sonhos de fortuna.

O filme tem várias reviravoltas. E a coisa se complica com a entrada do novo alvo de Marylin,o empresário Howard Doyle (Billy Bob Thornton). Os irmãos dirigem tudo com o freio de mão puxado e com uma falta de ambição pouco comum à dupla.

Paulo Pinheiro

(Intolerable Cruelty, EUA, 2003), Direção: Joel Coen, Ethan Coen, Elenco: Catherine Zeta-Jones, George Clooney, Edward Herrmann, Billy Bob Thornton, Duração: 100 min.

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