Alta Velocidade
Sylvester Stallone está acabado, liquidado. Os dias de Rambo já se foram há muito tempo. Mesmo assim ele busca resgatar um pouco do sucesso perdido. Como a cada tentativa é pior do que a outra, Stallone se tornou uma espécie de campeão do humor involuntário. Se bobear pode se tornar um respeitado diretor de trash movies.
Desta vez Sylvester Stallone resolveu fazer uma espécie de Rocky no mundo das corridas. Jimmy Bly (Kip Pardue) é um jovem piloto de talento que não aguenta muita pressão. Como um famoso piloto brasileiro ele gosta de amarelar nos momentos decisivos. Seu irmão Demille Bly (Robert Sean Leonard) controla a sua carreira e não deixa o pobre rapaz se concentrar. O dono da escuderia Carl Henry (Burt Reynolds, em um aparição patética) percebe o que está acontecendo e chama um veterano e decadente piloto Joe Tanto (Sylvester Stallone, cada vez mais decadente e acabado) para dar umas dicas para o novato.
Como nem só de carros velozes vive o homem Gina Gershon (Cathy Moreno) interpreta o papel da ex-esposa de JoeTanto, que está casada com um piloto brasileiro (?!) Memo Moreno (Cristian De La Fuente), que fala um espanhol impecável... Mesmo assim o colírio do filme é a gracinha Estella Warren (Sophia Simone) a namorada do rival de Jimmy Bly, o atual campeão mundial Beau Brandenburg (Til Schweiger).
Alta Velocidade também merece um destaque a parte pelas suas cenas inconcebíveis. Talvez o prêmio de maior atochada cinematográfica do ano. Dois momentos são antológicos, a perseguição de carros de corrida no meio da cidade em pleno trânsito e, é claro, Stallone pegando as moedas no chão do autódromo com o pneu do seu carro. Em uma palavra: hilário. Se você tem aquele humor mórbido vale a pena conferir mais um desastre com o padrão de qualidade de Sylvester Stallone.
(Driven, EUA, 2001), Direção: Renny Harlin, Elenco: Sylvester Stallone, Burt Reynolds, Gina Gershon, Kip Pardue, Robert Sean Leonard, Estella Warren, Stacy Edwards, Til Schweiger, Cristian De La Fuente, Duração 122 min.