Ali

Will Smith descobriu que o sucesso não é tudo na vida. De que adianta ganhar milhares de dólares e não ter um Oscar em cima da lareira para incomodar os amigos milionários? Só que para tanto, ele precisaria fazer um filme sério. Nada de ficar caçando extra-terrestres.

O resultado foi um filme baseado na história do lutador de boxe Muhammad Ali. De fato, Ali foi um dos maiores mitos do esporte. Começou como Cassius Clay, depois mudou de nome ao se converter ao islamismo. Conseguiu notoriedade por ganhar diversos campeonatos e ser capaz de demolir os adversários não só com os punhos, mas também com as palavras.

O roteiro do filme aborda dez anos na vida do pugilista que se tornou uma das figuras mais importantes das décadas de 60 e 70. O problema é que a trama de Ali não tem pegada. É redundante e vazia. Perde muito tempo em tramas paralelas e desperdiça o que Muhammad Ali sempre fez de melhor. Ou seja, lutar.

Evidentemente que, apesar de todo esforço, Will Smith não ganhou o Oscar. Sua atuação é apenas razoável. Fica claro que ele é incapaz de salvar um filme ruim somente com a força de sua interpretação. Se alguém se interessa por boxe e Muhammad Ali é melhor ver o documentário Quando Eramos Reis. Quanto a Smith é melhor pensar em outra coisa para decorar a sua lareira..

J. Tavares

(Ali, EUA, 2001), Direção: Michael Mann, Elenco: Will Smith, Jamie Foxx, Jon Voight, Mario Van Peebles, Ron Silver, Jeffrey Wright, Mykelti Williamson, Jada Pinkett Smith, Nona M. Gaye, Michael Michele, Joe Morton, Barry Shabaka Henley, Giancarlo Esposito, Laurence Mason.

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