Roger Waters - The Dark Side of the Moon Redux

O baixista do Pink Floyd Roger Waters resolveu refazer o icônico álbum The Dark Side of the Moon. Por que ele faria isso? Egocentrismo? Ou porque é um idiota? Ambos.

Roger Waters recita e às vezes canta as letras originais do álbum. Nenhuma mudança aqui. As letras continuam as mesmas. Já o resto. Nem queira saber. É muita pretensão reunida.

A narração de Roger, dele apenas, das canções soa como um sermão. Nada de efeitos eletrônicos. Nada de moedas ou caixas registradoras em “Money”. É a crise.

Há quem diga que “Dark Side of the Moon” tinha muita técnica, ou peripécias tecnológicas, mas pouca música. Errados não estão. Mas agora tolerar essa versão intimista de Roger Waters realmente não ajuda muito o coro dos insatisfeitos.

Pois, essa é, em síntese, uma versão mais pé no chão de Dark Side of the Moon. Algo como o Dark Side da terceira idade. Quando ninguém esperava que alguém do Pink Floyd ainda estivesse na ativa. Um já foi. Mas ainda faltam mais três para zerar a conta. Mesmo assim ninguém esperava um disco como esse.

Esse álbum é um grande WTF! Digamos, What The Floyd! O que Roger quis dizer com a nova capa? Nada faz muito sentido. Isso já são indícios da demência ou apenas da megalomania?

Saulo Gomes