Tribalistas - Especial da Globo

não! mas não mesmo! de jeito nenhum! em hipótese alguma! nem que a vaca tussa! nem que o boi dê leite! nem por decreto! nem de graça!

Os tribalistas estão chegando, estão chegando os tribalistas
Eles são chatos e pretensiosos vivem bem longe dos críticos(...)

Na madrugada de domingo para segunda do dia 5 de novembro de 2002, depois do Fantástico, a Rede Globo de televisão transmitiu, sabe lá Deus o porquê, o especial Tribalistas, projeto(sic/sci-fi) que reúne o inimaginável, o intolerável, os três cavaleiros do apocalipse em forma de música: Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte. Algo tão bizarro só pode descrito usando a clássica expressão de Joseph Conrad, em No Coração das Trevas: o horror, o horror...

Não existe argumentação plausível para a existência de algo assim. É simplesmente errado e pronto. Não há sequer algum mísero parâmetro de avaliação. É como misturar vodka com vinho: pode parecer uma boa idéia no início, mas depois você vai ter que arcar com as conseqüências...

Em quase uma hora de programa, Os Tribalistas acabou provando o que a ZeroZen já tinha previsto há muito tempo. Marisa Monte sucumbiu à força das drogas. Por andar ao lado de gente como Mano Brown e Arnaldo Antunes desaprendeu a falar português. Curiosamente o projeto foi feito meio que às escondidas. Talvez por uma pequena nesga de senso crítico nos participantes da empreitada.

Até se pode entender que por um ato de piedade suprema Marisa tenha desejado tirar Brown e Antunes da fila do seguro-desemprego. Mas é como diz o ditado. " Diga-me com quem compões música e te direi quantos discos irá vender".

Claro que o incauto zeronauta talvez estivesse dormindo o sono da inocência no berço da imundície e teve a miraculosa sorte de perder um espetáculo tão degradante. Mas saiba, desde já, que quem viu não irá se recuperar tão cedo. Não, mesmo! Existirão com certeza seqüelas irreversíveis. Como esquecer os geniais jogos de palavras como "Mary Cristo", corruptela de Merry Christmas? Ou "Fé em Deus e pé na Taba"?. Foram tantos trocadilhos infames que provavelmente o Humberto Gessinger ficou com inveja.

O interessante é que Tribalistas foge a qualquer conceito de crítica. Não dá para descrever o que foi visto. Talvez a televisão e, por consegüinte, a Música Popular Brasileira, tenham atingido a um novo (e elevado) padrão de chatice. A ZeroZen, a única Zero que vale a pena ler, aproveita para fazer um apelo em nome da saúde mental da população do nosso país. "Parem com essa insanidade!!".

Ficou óbvio que a Rede Globo deve ter comprado os direitos desse troço sem saber do que se tratava, pois escolher a madrugada de domingo para segunda para estréia na programação, dia e horário em que sabidamente existem menos pessoas assistindo televisão, não foi por acaso!!!! E o que virá depois? uma turnê nacional? um disco ao vivo? Essa insanidade tem que ser detida.

Da Equipe de Articulistas

Mais informações sobre os Tribalistas:
No site www.tribalistas.com.br se você pode adquirir o Cd e o DVD "Tribalistas" e ainda ganha de brinde uma Harpa artesanal "Tribalistas"(???!!!).

Isso abre um leque de infinitas possibilidades, com o lançamento de uma linha de produtos com a marca "Tribalistas". Aqui vai algumas sugestões:

- chinelo de dedo "Tribalistas"

- cortador de unhas "Tribalistas"

- apito para cães (afinado por você-sabe-muito-bem-quem)

Tudo com a qualidade Monte de M. Criação e Produção Ltda.

Trecho da entrevista com os Tribalistas(sic/sci) publicada no site tribalista.com.br
Marisa - É difícil, né, escrever um livro a quatro mãos, a seis mãos. (risos)

Brown - Mas a Bíblia, por exemplo, foi escrita a 27 mãos. São 27 livros dentro de um, né? (risos)

(Santa Inocência...)

Manual para criar uma poesia tribalista e se tornar uma fera da MNHB (Música Neo Hiponga Brasileira)
Pegue uma expressão bastante usada na linguagem coloquial, uma associação de palavras ou um clichê literário qualquer. Por exemplo: Dia D.
Misture com outra uma expressão bastante usada na linguagem coloquial, uma associação de palavras ou um clichê literário qualquer. Por exemplo Hora H
Junte os dois:
No Dia H da Hora D
Acrescente mais um verso e não tenha vergonha de fazer rimas simplórias:
No Dia H da Hora D
Conheci você
Para finalizar o toque de gênio:
Óleo de Dendê ( pois você precisa algum referencial baiano...)