Strokes - Room of Fire
Então é isso? O que estava apenas sugestionado no álbum de estréia fica claro em Room On Fire: os Strokes são uma banda revisionista dos anos 80. E todos sabemos que quem ouve música dos anos 80 bom sujeito não é. Esqueçam aqueles delírios afobados de críticos de fim de semana que comparavam a banda com Velvet Underground ou Television, o negócio nesse segundo álbum está mais para The Knack e The Cars.
Desde a primeira faixa até a última temos um álbum frouxo e sem vida, que repete grande parte das melodias de Is This It. O primeiro single “12:51”, por exemplo, é construído com a base de “Modern Age” do álbum anterior. Diga-se de passagem, muita gente confundiu a frase de guitarra que acompanha a melodia com um teclado. Nada mais anos 80 que fazer a guitarra soar como um outro instrumento. Sendo essa é uma das principais razões da música dos anos 80 ser tão ruim e datada.
O clima anos 80 é reforçado com uma produção caduca e aventuras patéticas pelo reggae e o ska, nada mais anos 80 que bandas de brancos ricos tentando tocar reggae. Nosso glorioso rock nacional que o diga.
Vejam bem, se deixarmos de lado o hype absurdo e infundado que acompanha os Strokes veremos que eles são basicamente uma banda repetitiva, sem inspiração cujo vocalista canta com se tivesse uma batata na boca. O que é uma dádiva, pois aparentemente não tem nada a dizer.
Ao menos os Strokes continuam fazendo discos curtos, Room On Fire tem pouco mais de 33 minutos. Na verdade você pode queimar uma mídia juntando os dois álbuns da banda e ainda colocar mais alguns “b sides” de bônus, e ainda assim vai ficar com a impressão que jogou uma mídia fora. O que não é um bom sinal. Na verdade esse disco é tão ruim que conseguiu tornar Elephant dos Whites Stripes num clássico.