Planeta Atlântida SC
Musicalmente, o Planeta Atlântida parecia um MERIR (Movimento dos Excluídos do Rock In Rio). Todos os músicos que não foram capazes de tocar para 250 mil pessoas agradeciam o povo do Planeta. Era muito melhor tocar aqui do que naquele palco gigantesco com cobertura da imprensa mundial. Ora faz MERIR.
Então a praia de Jurerê foi palco nos dias 26 e 27 de janeiro de declarações demagógicas que fariam os políticos de Brasília corarem. Todo mundo era bom demais para o Rock In Rio. Mas é como dizem na Internet se o festival organizado pelo Roberto Medina queria um mundo melhor, os planetários se contentam com um palco melhor.
Dia 26 - Sexta
Combat - Rock feito por e para manés com um resultado péssimo. Com tantas praias bonitas ninguém consegue ficar suficientemente revoltado para fazer rock de qualidade em Santa Catarina. No final do show soltaram uma pomba bronca. Deprimente, deprimente.
Acústicos & Valvulados - Esses caras até podem ser Acústicos, mas falta um válvula na cabeça deles se eles acreditam que podem fazer sucesso. Foram menos aplaudidos que a Combat. O que deve ser uma nova espécie de recorde negativo.
Tribo de Jah - É o mesmo show de sempre. A Tribo de Jah só não consegue mandar ver em cima do palco por que todo mundo é cego. A platéia vibrou um pouco, mas nada que fosse suficiente para que Jah transformasse capim em maconha.
Zeca Baleiro - Uma fraude. Um show medíocre do início ao fim. Zeca Baleiro ainda tentou ser simpático, mas provavelmente ele sabe que o único motivo de estar ali era levar o pessoal a consumir mais cerveja. Qualquer música desse cara é um convite ao alcoolismo.
Charlie Brown Jr. - Certo, certo. Verdade seja dita o Charlie Brown Jr. trouxe o público de volta do bar para o show. A banda tocou com vontade e parecia que iria consagrada do Planeta. Mas o vocalista Chorão não consegue terminar o show sem incluir uma penca de discursos chatos e oportunistas. A banda ainda contou com uma participação nada especial de Zeca Baleiro em Proibida Pra Mim.
Cidade Negra - Hora da dispersão. Mais um momento para o comerciantes venderem cerveja ou ir para alguma tenda escutar forró. O Cidade Negra é uma banda de reggae tão falsificada que deve ter sido importada do Paraguai. Ficou de fora do Rock In Rio e com razão. Mesmo assim o vocalista Toni Garrido também exagerou no discurso oportunista e rasteiro.
Fernanda Abreu - Chato! Chato! Muito Chato! Tudo o que essa mulher fez depois da Blitz é incrivelmente chato. É ruim de doer. E o seu show, é claro, é uma chatice só. Como ela foi ao Rock In Rio não fez nenhum discurso contra. Ficou chato...
Capital Inicial - Um show assistido em peso pela platéia feminina. Como no Planeta Atlântida quem tem 18 anos, por exemplo, é considerado um velho, com direito a exame de próstata e tudo mais, o futuro do vocalista do Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, é ser preso por pedofilia mais cedo ou mais tarde. Dinho chegou a dar uma entrevista onde admitiu que o sucesso da sua banda é pura sorte. Nada mais correto. Por que com uma banda musicalmente morta e enterrada há 20 anos ainda continua ganhando dinheiro é um mistério que nem a ciência é capaz de desvendar.
Skank - Esses caras sabem como fazer um show. Pena que é sempre o mesmo. O disco Maquinarama que foi a base do repertório está longe de ser rock`n`roll como apontaram alguns críticos desqualificados. É apenas um álbum fraco e pretensioso. Como o Skank não é bobo apelou para os velhos sucessos como Jackie Tequila ou É uma Partida de Futebol para aquecer o público. O vocalista Samuel não agüentou de dor de cotovelo e também distribuiu farpas contra o Rock In Rio.
Planet Hemp - A banda que defende a legalização da maconha, que tem muitos de seus shows proibidos de acontecerem por determinação da Justiça, vem tocar em um festival para jovens numa praia em Santa Catarina. Tem alguma coisa muito errada. Que contravenção é essa? O Planet Hemp entrou lá pelas 4 da manhã e largou a sua velha cantilena de sempre. Coisa de gente que descobriu a marijuana na semana passada. O público composto de 30 mil maconheiros em potencial não pareceu se importar muito com isso.
Dia 27 - Sábado
John Bala Jones - Uma banda cover. É isso mesmo. Ser ter um grande repertório próprio a John Bala Jones apelou para versões de músicas do Charlie Brown Jr., do Planet Hemp, do Beastie Boys. Patético. Realmente deve ser muito difícil fazer rock em Santa Catarina. O vocalista da banda aproveitou os bastidores para traçar a Cláudia Liz. Se ninguém se lembra a Cláudia Liz era aquela modelo loira que ficou por acidente com o cérebro sem oxigenação durante três minutos em uma mesa de cirurgia. O que deveria ter matado uma pessoa comum praticamente não casou danos a modelo. Logo, é a prova definitiva de que loiras não tem cérebro.
Natiruts - O pessoal da Natiruts jura que faz sucesso por letras cretinas como Presente de um Beija-Flor e Surfista do Lago Paranoá. Mas então por que todo mundo só fica olhando para a vocalista gostosinha Isabela durante o show? Na verdade o Natiruts é uma espécie de É o Tchan do reggae.
Nenhum de Nós - Para os 17 gaúchos que foram ao Planeta Atlântida de Santa Catarina o show do Nenhum de Nós pode ter sido emocionante. Para o resto do público não. Uma curiosidade a platéia pediu insistentemente (sabe-se lá o porquê) a música Eu Caminhava. O Nenhum de Nós entrou e saiu do palco e não deu a mínima para o pedido do povão. Simpatia pouca é bobagem. E pensar que um estagiário (que deve ser o próximo da lista de dispensas) do marketing da Sony Music fez um contrato de 3 anos com essa banda!! Tsk, tsk.
Gabriel, o Pensador - Um dos shows mais maniqueístas, deploráveis e apelativos de que se tem notícias. Gabriel O Pescador deveria responder a um processo de danos morais tamanha a quantidade de asneiras que proferiu durante o seu show. Foi um assombro. Vestiu a camiseta da seleção brasileira, fez o público cantar o hino nacional e ainda disse que queria ser o porta-voz da política na música popular brasileira. Vai, meu filho. Vai ser gaúche na vida...
Jota Quest - Um show fantástico. Cada vez mais os shows do Jota Quest parecem um comercial de televisão. Com a desvantagem que duram bem mais. Com os seus refrões grudentos e melodias banais fizeram a festa dos planetários. Mas um gosto de Fanta Uva ficou no ar....
Lulu Santos - O máscara. Lulu Santos acha que é uma espécie de diva da MPB. Uma das hipóteses que causaram a queda do palco é que ele não agüentou Lulu e o seu ego. Era peso demais.
Foi quando Lulu cantava a música "Sábado a Noite" reparem que curiosamente era um sábado e de noite que a lateral esquerda do palco caiu. As luzes se apagaram: pânico, correria centenas de feridos. E há quem diga que na confusão se podia ouvir ao vento uma voz estranha que repetia sem parar:
Suco do suvaco! Suco do suvaco! Suco do suvaco!
Um relampâgo cortou os céus e iluminou a figura nefasta de Carlinhos Brown que gargalhava de forma mefistofélica. Era o fim do Planeta Atlântida.
Saiba mais sobre o acidente aqui
As quatro bandas que não se apresentaram.
Engenheiros do Hawaii - Sorte do público I. Sem a apresentação o público não precisou aturar Rádio Pirata nem Paulo Ricardo.
O Rappa - Sorte do público II. Esses caras ao vivo são muito pior do que em estúdio. Pois fica claro que eles não sabem tocar nem campainha.
Raimundos - Sorte do público III. Muita gente foi ao Planeta só para ver esse show. Quem tentou depois da tragédia reaver seu dinheiro quebrou a cara. Mas tirando os trinta reais não se perdeu grande coisa.
Carlinhos Brown - Sorte do público IV. Aarrrrrrrrrrgggggggghhhhhhhhh!!!! Sai Capeta!!!!! Xô satanás!!!! Se com suas vibrações negativas Brown é capaz de derrubar um palco. Imagina o que ele poderia fazer se tivesse mesmo se apresentado...
Em tempo: Carlinhos Brown vai se apresentar no Planeta Atlântida do Rio Grande do Sul. A ZeroZen vai estar lá protegida por pés-de-coelho, ramos de arrudas, satinhos, etc, etc. E munida de várias garrafas de água mineral para realizar um exorcismo no palco do Planeta, expulsando de vez o coisa-ruim das praias gaúchas.