Marisa Monte - Infinito Particular

Depois do fatídico lançamento de Os Tribalistas, a crítica ficou à espera do próximo disco de Marisa Monte. Todo queriam saber a cantora teria finalmente sucumbido à loucura. Ou talvez, aquilo não passasse de um delírio ou uma alucinação coletiva.

Bem, Marisa Monte resolveu lançar nada menos que dois discos ao mesmo tempo: Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor. São dois álbuns completamente diferentes. Por isso, a ZeroZen resolveu fazer duas críticas pelo preço de uma.

A primeira coisa que o Zeronauta precisa saber é que Infinito Particular é disparado o disco mais coeso de Marisa Monte. Ou seja, é absurdamente chato do início ao fim. Repetitivo, banal, deprimente são alguns dos adjetivos que descrevem esse equívoco musical.

Somente uma música tem algum valor em letra e melodia: Vilarejo. Não por coincidência Marisa Monte escolheu essa canção como música de trabalho. O restante do disco é um tédio. Toda essa ruindade tem uma explicação simples. É como diz aquele velho brocado musical: Diz-me com quem compões e te direi que porcaria de música irás fazer".

Marisa insiste em seus parceiros musicais e companheiros tribalistas: Arnaldo Antunes e a entidade conhecida como C.B.. Pois é de onde menos se espera que não sai nada mesmo. Tudo bem que os novos parceiros (Marcelo Yuka, Seu Jorge e Adriana Calcanhoto) também não ajudam muito. Novamente, a cantora continua a desperdiçar a sua voz com gente sem talento.

Resumindo: apesar de saber cantar, Marisa Monte não consegue fazer um disco á altura de seu potencial. Quase que repetindo a mesma história triste que sepultou a carreira de Elis Regina. Aliás, Marisa Monte é uma espécie de Elis sem Vermute, sem uísque, gim tônica ou qualquer outro aditivo alcoólico...

J. Tavares

Faixas:
1. Infinito Particular
2. Vilarejo
3. Pra Ser Sincero
4. Levante
5. Aquela
6. A Primeira Pedra
7. O Rio
8. Gerânio
9. Quem Foi
10. Pernambucobucolismo
11. Aconteceu
12. Até Parece
13. Pelo Tempo que Durar