Måneskin – Rush!
Música ruim influencia pessoas ruins. Essa é a síntese da banda italiana, mais sobre isso depois, Måneskin. Dizer que eles são a prova definitiva da máxima: Bad Music for Bad People, o que infelizmente não é uma referência à banda The Cramps. É para uma geração que se contenta com pouco, muito pouco mesmo.
Se formos defini-los, eles soam como uma banda revisionista do Rock dos anos 80 feita por “influencers” do Tik Tok! É demais, é exagerado. Vamos, sinceramente, ter que parar por aqui.
Eles são italianos, na tradição italiana de fazer coisas ruins baratas, filmes especialmente. Måneskin é trash com certeza. Detalhe: e se orgulha disso. E tem gente trouxa o suficiente para acreditar nisso. A letra Mammamia basicamente define o grupo. O vocalista Damiano David simplesmente larga essa pérola: I swear that I'm not drunk/and I'm not taking drugs/They ask me why I'm so hot/'cause I'm Italiano. Trash total.
Eles ganharam o Eurovision de 2021, o que explica muita coisa, mas bota muita coisa nisso. Também participaram da 11° edição do The X Factor Itália e acabaram ficando em segundo lugar no programa. Depois lançaram “Chosen”, seu primeiro EP que recebeu dois discos de prata da Federazione Industria Musicale Italiana.
Eles são quase tão ruins quanto Greta Van Fleet, lembram disso? “Rush!” é desses discos que parece que nada vai acontecer. E nada acontece. Mentira: ele acaba. O quanto mais rápido melhor.
P.S.: Alguém pode se perguntar o quê Tony Morelo, guitarrista do Rage Against the Machine está fazendo num disco como esse. Simples: os anos 90 acabaram faz tempo e ficar com raiva do microondas (Rage Against The Microwave Machine) por não ter comida. Não paga as contas de ninguém...