ZeroZen censurada!!!

Uma coisa é certa: se a verdade está lá fora os informantes da ZeroZen também estão. A única revista que chuta até cachorro morto recebeu, de um de seus mais antigos fãs(?), um petardo em forma de email. No conteúdo da missiva eletrônica uma grave denúncia. A ZeroZen tinha sido censurada em uma importante faculdade de comunicação.

A princípio a redação da ZeroZen pensou tratar-se de uma brincadeira. Porém sempre confiamos na insanidade da patrulha dos elogios. E fomos corajosa e destemidamente investigar o fato. Para a profunda surpresa desta impoluta publicação tudo era verdade. Os alunos da conceituada (sic e sci) universidade ficaram privados do conteúdo da ZeroZen.

Vale ressaltar que a Universidade é uma instituição religiosa temente a Deus e ao Papa. Logo, ao que tudo indica a ZeroZen foi excomungada!! Aliás, tal tipo de atitude não é novidade na Igreja Católica. Em 1559, Paulo IV publicou o primeiro Index Auctorum et Librorum Prohibitorum, ou seja, a primeira lista oficial de livros proibidos pela Igreja. O documento registrava 48 edições heréticas da Bíblia e colocava 61 impressores e editores em excomunhão. Nenhum livro que tivesse sido publicado a partir de 1519, sem exibir os nomes do autor e do impressor, assim como o lugar e a data de publicação, devia ser lido por qualquer católico e, por conseguinte, não era permitido ler nenhum livro que não tivesse obtido o imprimatur eclesiástico.

Como agora os tempos mudaram e com o advento da rede mundial de computadores o Papa João Paulo II pode publicar a qualquer momento um Index Auctorum et Internetorum Prohibitorum!!! Claro, nem precisa dizer que a ZeroZen vai estar listada no rol de sites heréticos. Nunca é demais lembrar que, naquela época, os escritores que tinham seus livros relacionados no index estavam em apuros. Afinal, o costume era queimar as obras em praça pública; se possível, com o autor junto.

A justificativa do webmaster é que a ZeroZen possui conteúdo inadequado. Como assim? O arguto Zeronauta pode notar que raras vezes esta publicação usa de palavrões. Até por que nem é preciso xingar ninguém para esculhambar com cenário brasileiro atual. E, diga-se de passagem, onde já se ouviu falar em humor adequado? Para agradar a instituição seria preciso elaborar um mau humor politcamente correto? Não parece fazer muito sentido?

Mesmo assim, não existe nada que justifique a proibição. Mais interessante ainda, a ZeroZen descobriu que foi banida dos computadores desta faculdade justamente quando a seção musas ficou fora do ar, graças a uma sucessão de processos de nossas queridas e bem-apessoadas modelos-manequins-e-atrizes. Pois é... quem mandou a gente querer ser simpático e elogiar as pessoas?

Logo, o conteúdo inadequado não poderia ser de nenhum site com nudez (seja parcial ou total). Até por que, se essa regra fosse valer, os alunos não poderiam acessar nada. Somente a página da instituição e olhe lá. Tal fato nos levou a um estado cogitabundo e meditativo. O que teria acontecido? O que causou o brutal, vergonhoso, desproporcional, abusivo, ato de censura contra a ZeroZen?

Até que o óbvio ululante apareceu na nossa frente. Os professores da faculdade de comunicação é que censuraram a ZeroZen. Imaginem a cena. Inúmeros terminais de computadores ligados e abnegados mestres tentando passar seus parcos conhecimentos sobre a matéria. Com o canto do olho eles percebem que ninguém dá a mínima. Armados de uma paciência de Dalai Lama conseguem ler o nome do site que os alunos estão lendo. "ZeroZen? O que será que isso significa?", ponderam.

Depois que o último aluno sai da sala um intrigado professor acessa a página. O que ele vê acaba com seu dia. Deixa-o mortalmente prostrado. Uma revista escrita por jovens que sabem muito mais do que ele vai aprender ou ensinar em toda vida. Subitamente, ele percebe como suas aulas são chatas e vazias de conteúdo. Ele tem uma epifania onde enxerga, tarde demais, que não passa de um enganador, de um falcatrua que vem destruindo a vida de inocentes estudantes com suas explanações medíocres.

Muito provavelmente o corpo docente deve ter feito uma reunião de emergência. Devem ter sido horas e mais horas de debates estéreis. Um mestre mais inocente chega a sugerir. "E se a gente começasse a ensinar de verdade? De repente a gente até podia usar a ZeroZen como exemplo". O pobre rapaz fui trucidado, primeiro com vaias e depois com socos e pontapés. Reza a lenda que ele ainda está em coma em um hospital da cidade.

Por fim, a idéia mais simples venceu. Se você não pode vencê-los, censure-os. E assim, a ZeroZen ficou proibida. Se tornou o site maldito. Agora os alunos dormem nas aulas. As explicações dos mestres só são interrompidas pelo ronco dos estudantes. A vida na faculdade ficou cinza e sem graça. Mas é possível ouvir, na hora do intervalo, uma estranha e sinistra gargalhada que vem da sala dos professores...

Da equipe de articulistas

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