O Candidato Ideal

Apesar da ZeroZen ser por definição uma revista contra tudo e contra todos há momentos em urge tomar uma providência. Sim, no país do apagão, da crise energética, da violação do painel do Senado, do desemprego, algo tem de ser feito. Sim, o mundo caminha para o apocalipse inexorável e o fato de o FHC ter ficado 8 anos no poder certamente tem algo a ver com isso.

Então, para quem não sabe, haverá eleições para presidente no Brasil em 2002. E você, caro Zeronauta, não vai querer apostar no cavalo perdedor, certo? Você que nunca ganhou na Mega-Sena, na Loto, na Loteria Esportiva, naquela rifa de Ação entre Amigos, pode para presidente finalmente dizer que venceu em algo. Tudo isto por que um candidato novo, absolutamente imbatível, surgiu no panorama político brasileiro. O senador Eduardo Suplicy.

Como assim? O questionamento é absolutamente procedente. Há um explicação lógica para tudo. Primeiro é preciso lembrar que faz pouco tempo o casal Marta e Eduardo Suplicy se separou após 36 anos de convivência. O senador passou a exibir uma cara de cachorro abandonado em todo e qualquer programa de televisão.

Vale lembrar que sua ex-esposa hoje ocupa o comando da prefeitura de São Paulo. Muitos analistas atribuíram a separação a discordância sobre a oportunidade de uma CPI municipal. Teria existido um atrito político que detonou a separação do casal. Seria possivelmente a primeira vez que pessoas se afastariam devido a uma discussão partidária. Com certeza, isto não faz muito sentido.

Mais tarde, a revista Veja publicou que o pivô da separação seria um consultor argentino, Luis Favre, que coordenou a campanha de Marta Suplicy à prefeitura de São Paulo. Favre chegou ao Brasil na década de 80. Trotskistas fanático quis integrar o movimento Liberdade e Luta ao PT. A tentativa resultou em um racha no partido e intermináveis discussões. Mas isto não é importante. O resultado é que fica claro o motivo da separação do casal Suplicy.

Vale lembrar que Marta é uma sexóloga que passava as manhãs da década de 80 mandando mensagens educativas para telespectadoras ávidas de informação. Pérolas como: "não importa o tamanho da varinha e sim a mágica que ela faz". Quer dizer... gente assim joga no ataque e deixa a retaguarda aberta. Fica fácil concluir que o senador Suplicy é um CORNO!!

Isto mesmo! Um candidato assim não pode perder. Pensem bem. Tudo mundo mais cedo ou mais tarde será corno. Não há como fugir. Suplicy é o candidato dos cornos, que são, sem a menor sombra de dúvida, a grande maioria da população brasileira. Os traídos, os humilhados, todos os portadores de um reluzente chapéu de vaca, finalmente teriam encontrado um líder. A eleição seria uma barbada, o senador ganharia no primeiro turno.

A campanha poderia ter um slogan fácil e marcante como: Suplicy na Cabeça. Para fazer a música poderiam chamar o Reginaldo Rossi. Como que num passe de mágica, os shows que as bandas sertanejas fazem nos palanques eleitorais fariam sentido. A grande massa de cornos brasileira iria ao delírio.

Com o seu ar de abobado da enchente o senador Suplicy tem o perfil ideal do corno. É o candidato mais forte e bem preparado. Deve ser, inclusive, um verdadeiro especialista do assunto. Aliás, como a iniciativa da separação foi da atual prefeita de São Paulo, ele facilmente poderia ser classificado como corno manso, o que aumentaria ainda mais a quantidade de eleitores.

Por fim, é preciso ressaltar que o voto é secreto. Logo, o corno-eleitor do senador Suplicy não será identificado. O anonimato é vital para este tipo de gente. Claro que os adversários poderiam tentar denunciar a existência do Supla e colocar algumas músicas da banda Tókio para acabar com a credibilidade do candidato, mas nada que possa derrotar a nação guampuda brasileira.

Da equipe de articulistas