Meu reino por um protocolo


A ZeroZen em seus 20 e tantos anos de história já superou adversários temíveis. Já vencemos o Ministério Público, derrotamos a Caixa Econômica Federal e até mesmo exorcizamos um bruxo maligno, aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Porém, nos últimos meses encontramos um obstáculo quase intransponível: o protocolo.

Em primeiro lugar: quem lê tantos protocolos? Robôs obviamente e o último peão de carteira assinada, preste a ganhar o aviso prévio.

Mas o fato assustador é que nos dias atuais robôs se comunicam por meio de protocolos. Peça qualquer coisa para um robô e ganhe um protocolo de graça.

O esquema “funciona” da seguinte forma: você faz uma reclamação. Isso gera um protocolo. Sua reclamação até agora não resultou em nada. Logo você liga, de novo, para reclamar do atendimento. E entendam “atendimento” como a forma que foi tratado o seu problema. Não a cordialidade do robô que lhe atendeu! O que é duplamente estúpido. Logo, isso gera outro protocolo! E adivinha: nada foi feito até agora!

O problema é que a missão principal de um protocolo é gerar mais protocolos e nenhuma solução. Até que o consumidor esteja soterrado em uma verdadeira avalanche de números e nem se lembre mais por que fez uma ligação para reclamar. Aliás, os protocolos resultam em alguma coisa? Não. Bits perdidos talvez? Desperdício de bits será o mal do século?

Os protocolos também servem para gerar um loop de desinformação. A cada passo, a cada protocolo, as pessoas estão mais perto de voltar ao ponto inicial. Sem obter respostas, vão repetir esse processo apenas para descobrir que tudo acaba onde começou.

Uma dica da ZeroZen para quem está sofrendo com protocolos virtuais gerados por atendentes virtuais. Aproveite para solicitar que ele vá tomar no seu cu virtual...

Da Equipe de Articulistas