Olimpíadas: o Brasil precisa parar de investir no esporte
As Olimpíadas terminaram com um recorde para o Brasil. O nosso país chegou a marca de 21 medalhas conquistadas. Superou os resultados obtidos no Rio de Janeiro. Tudo isso sem incentivo financeiro. Aliás, a maioria dos atletas vencedores deixou claro como a superação foi necessária. Como a falta de verba foi uma constante. A partir dessa constatação, a ZeroZen teve uma epifania: o Brasil precisa parar de investir no esporte.
Antes de mais nada é preciso esclarecer que o Brasil enviou uma grande delegação para Tóquio. Foram mais de 300 atletas. É muita gente para pouco resultado. San Marino, por exemplo, enviou somente 5 atletas, mas ganhou três medalhas. Uma excelente relação de custo/benefício. Ou seja, é preciso saber onde investir.
Mas isso leva a outra constatação. Se todos os nossos atletas conseguiram resultados melhores do que na Olimpíada passada com pouco investimento, imaginem o que eles podem fazer com nenhum investimento! Por que o Brasil é o país da gambiarra, do jeitinho. Ao contrário do nosso cartão de crédito, a nossa criatividade não tem limites.
Por exemplo, atleta de arremesso de peso, o catarinense Darlan Romani, treinava perto de casa em um terreno baldio. Ou seja, sequer tinha dinheiro para a passagem de ônibus. O que, aliás, foi excelente. Por que ele fez um treinamento home office. A passagem para Tóquio foi paga pelos vizinhos que tiveram suas casas destruídas. Mesmo com tanto perrengue, ficou em quarto lugar nas Olimpíadas, provando que dinheiro não traz felicidade, nem medalhas olímpicas.
E a nossa criatividade não para por aí. O medalhista de bronze na natação, Fernando Scheffer, treinou em um açude. Fica claro que o dinheiro só prejudica o atleta brasileiro. Se ganhar alguma compensação financeira vai querer fazer festa. Vai querer fazer um churrasco e chamar os amigos. Com o preço da carne nas alturas a delegação brasileira era praticamente vegana, ou seja, nunca fomos tão saudáveis.
Ou seja, é só cortar todos os investimentos e deixar a criatividade brasileira fluir. Provavelmente, a nossa delegação vai vender brigadeiros nas esquinas de Paris para conseguir comprar as passagens de volta para o Brasil. Isso, sim, é o verdadeiro espírito olímpico.
A melhor medalha é do tênis O Brasil foi medalha de bronze no tênis feminino de dupla. Foi a primeira medalha do tênis brasileiro em todas as olimpíadas. Mas o genial é que a equipe brasileira não se classificou para a competição. Laura Pigossi e Luisa Stefani sequer tinham índice olímpico. Mas várias duplas desistiram em função da pandemia. Em tese, a dupla brasileira entrou no lugar da Georgia. Provavelmente o comitê olímpico mandou a carta para a cidade dos EUA. Só que Georgia é um país. Resultado? As brasileiras entraram de convidadas e levaram o bronze pra casa.
Roubalheira japonesa Os jurados roubaram descaradamente o Brasil no surf, no skate e no boxe. Então, isso levou os brasileiros a questionar se os japoneses não gostam da gente. A resposta é simples. É claro que eles não gostam. É só ver os preços dos jogos no PS4 e no PS5...
P.S. - O melhor esporte olímpico é o surfe. Você pode não ganhar ouro ou prata, mas sempre garante o bronze...