A grande vitória de Biden e a grande derrota de Trump

O democrata Joe Biden é o novo presidente dos EUA. Derrotou Donald Trump por uma margem de votos mínima, que ninguém tem ideia de quanto seja. Afinal de contas, o sistema eleitoral norte-americano é tão confuso que as pessoas simplesmente declaram alguém vencedor e voltam a fumar metanfetamína.

Claro que a ZeroZen vai ajudar o incauto zerozauta a entender como funcionam as eleições americanas. Em primeiro lugar é preciso aceitar o fato de que nem sempre o eleito é quem faz mais votos. Isso por que, cada Estado indica um número de delegados para o Colégio eleitoral. Mas o número varia em função da importância de cada um. Ou seja, Pensilvânia indica 20 delegados (e por isso foi decisivo para o resultado final), já o Alasca indica só três delegados (dois esquimós e um urso polar).

O detalhe importante é que a vitória de Biden não foi tão espetacular assim. Embora ele tenha feito mais votos do que Barack Obama e Hillary Clinton. A verdade é que os democratas esperavam uma onda azul, com votações históricas em praticamente todos os estados. Não foi o que aconteceu. Uma parcela significativa da população manifestou apoio a Trump. Isso mostra que as pesquisas feitas antes da eleição estavam erradas? Nem tanto. Os eleitores do Trump não aparecem em pesquisas pois essas criaturas mascam tabaco e assistem a reality shows e ninguém quer ter qualquer forma de contato com essa gente. Nem mesmo os institutos de pesquisa...

Trump, aliás, se tornou o primeiro presidente nos últimos 25 anos a perder a reeleição. E não gostou nada disso. Passou o tempo inteiro reclamando e acusando os democratas de fraudarem o pleito. Tanto que ameaça entrar na Justiça e, se preciso, ir até a Suprema Corte para anular as eleições. É uma tarefa difícil. Ainda mais que ele não pode contratar os advogados do Fluminense...

Biden será um presidente quase octogenário. Será a pessoa mais idosa a comandar a Casa Branca. Deve governar para os aposentados. Possivelmente vai criar programas de incentivo ao bingo e criar o vale dentadura. Com certeza terá cuidado extremo com qualquer tipo de pandemia, pois faz parte do grupo de risco (risco de extinção por que ele é um dinossauro político). Pelo menos não vai xingar muito no Twitter por que sequer sabe o que são redes sociais.

Inclusive, Donald Trump se elegeu pelo Whatsapp, governou via Twitter e perdeu o cargo por conta dos Correios. Tudo por que, com a pandemia causada pelo novo Corona Vírus, os apoiadores dos democratas preferiram votar pelo correio. Trump liderou em estados importantes até o momento em que começou a contagem dos votos enviados pelo correio. Isso acabou selando (sem trocadilho) a sua sorte.

Apesar da desconfiança, o voto pelo Correio funciona para os americanos. O problema é que escrutínio é absurdamente lento. Graças a todo aquele dinamismo peculiar do funcionalismo público. Por exemplo, somente em 1995 foi oficialmente terminada a contagem de votos da eleição de Abraham Lincoln. Analistas políticos garantem que ele vai fazer um governo de explodir cabeças...

Em tempo, Biden enquanto vice de Barack Obama foi sempre uma fonte inesgotável de preocupação para o então candidato. Quem acredita que agora os Estados Unidos vão entrar em uma era de paz e prosperidade vai ter muita decepção pela frente. No final das contas, trocar um republicanos por um democrata é trocar seis por meia dúzia ou 12 por twelve (*).

(*) mais um trocadilho internacional da ZeroZen!

P.S. - E o mais incrível, o nosso presidente quer a volta do voto impresso. O que nos colocaria na vanguarda do atraso. Mas a ZeroZen acredita que é hora de acelerar a marcha (no caso, marcha à ré). Por exemplo, as comunidades indígenas poderiam votar por sinais de fumaça, já que são elas as responsáveis (junto com o Leonardo DiCaprio) pelas queimadas na Amazônia. Pensando bem, já que o Trump foi demitido as próximas eleições no Brasil podem ter surpresas. Ou seja, o Donald já foi, agora é hora de tirar o Pateta.

Da Reportagem Local, ou não

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