A Internet e o purgatório dos shoppings centers
No final dos anos 80, início dos anos 90, ter um shopping center na sua cidade era status de progresso e, pasmem, de evolução. Em outras palavras, se o seu município tivesse um lugar desses era um indício claro de civilização e desenvolvimento. Dava direito de humilhar as pessoas no Twitter. Isso, é claro, se existisse Twitter naquela época.
Os shoppings foram feitos para acabar com os antigos “centros” comerciais da maioria das grandes cidades. Regiões, atualmente, que se encontram desertas e amórficas, quando muito, abrigam decadentes cracolândias. Sim, isso é um pleonasmo.
A proposta era simples: os shoppings centers ofereciam tudo num mesmo lugar: alimentação, entretenimento e segurança. Embalados num consumismo arcaico e piegas, que - não por acaso - surgiu nos EUA. O que ninguém imaginava - exceto a Zerozen - é que eles seriam severamente afetados pelo surgimento da Internet.
Antes de mais nada é preciso que se diga que a internet não ainda acabou totalmente com os shopping centers. Porém, certamente diminuiu a relevância deles. (vá no Google e insira uma pesquisa aleatória feita por um acadêmico desesperado aqui...). O consumismo, é claro, continua. A diferença é que não precisamos mais ir a lugar algum. E somos poupados de lidar com peões ou atendentes. A escória da escória.
A internet e a tele entrega acabaram com a relevância dos shoppings centers. Nós ainda consumimos desenfreadamente, mas agora não vamos mais a lugar algum para isso! De fato, as porcarias que queremos vem até nós! Exceto as que vêm pelos correios e somem no vortex temporal de Curitiba...
Os shoppings são, no final das contas, como os sites que surgiram no Boom da Internet e desapareceram em questão de meses, quiçá anos, com exceção de alguns poucos e o zeronauta sabe de quem estamos falando... Google it?
Ainda assim, é possível afirmar que a derrocada dos shopping centers foi lenta e assistida por poucos. Pois a grande maioria estava em casa vendo vídeos pela internet. (vá no Google e insira uma pesquisa aleatória feita por um acadêmico desesperado aqui...).
Acreditem, os Shopping Centers são obsoletos como cinemas. E cedo ou tarde vão virar templos, igrejas, “centros”, ou, o que seja, evangélicos. Exatamente como os cinemas...
Aliás, shopping Centers são obsoletos como a MTV! Outra cria dos anos 90 que não resistiu ao tempo: leia-se Internet! Vocês pensavam que a gente tinha se esquecido deles. (esse foi o motivo aleatório anual para falar mal da MTV, mais uma missão da ZeroZen cumprida com sucesso). É como chutar cachorro morto, mas... a queda da MTV é evidente. (vá no Google e insira uma pesquisa aleatória feita por um acadêmico desesperado aqui...).
Qual seria o lugar melhor do que os cinemas para assistir ficção? Igrejas evangélicas. É claro. Igrejas em geral, diga-se de passagem. E qual seria o melhor lugar para igrejas do que um shopping center? Evangélicos gostam de dinheiro, certo? Católicos também. Estariam ambos em casa...