NÃO INTERESSA A NINGUÉM, MAS...

Nova York e o controle de natalidade dos ratos

Ratos estão por toda Nova York. E não estamos falando do Mickey Mouse (*), do Jerry ou do Ratatouille. São ratazanas de verdade, daquelas capazes de trazer a peste negra de volta. A prefeitura resolveu agir e usou veneno. Conseguiu reduzir um pouco a taxa desses inquilinos indesejáveis. Mas agora resolveu apelar para outra solução: o controle de natalidade.

O atilado zeronauta deve estar se perguntando por que deixar de usar o veneno? Bem, a culpa é de uma coruja. Sim, mais especificamente uma coruja chamada “Flaco”. Ela virou um símbolo do Central Park. Porém, acabou morrendo após bater em um prédio da região. Estava bêbada? Misturou vodca com vinho? (obs: não faça isso!).

Essa era uma questão tão importante para os americanos que não podia ficar sem resposta. Então, entrou em campo o pessoal do CSI (se você leu e automaticamente se lembrou de uma música do The Who é um sinal de que está ficando velho, a um passo da senilidade). O que eles fizeram? Em vez de uma autópsia realizaram uma corujópsia.

O resultado mostrou que a coruja foi envenenada pelo veneno usado para matar ratos. O que faz sentido, a coruja se alimenta de ratos. Por conta de toda a repercussão, a prefeitura resolveu investir em outra solução para o problema.

Em vez do veneno, será colocado um dispositivo em lugares específicos de alguns bairros de Nova York. Dentro desses dispositivos existirá um componente químico, capaz de castrar os ratos. A partir daí, haveria - em tese - um controle de natalidade sem o risco de afetar a cadeia alimentar.

Tudo bem, mas se é pra fazer um controle de natalidade mais eficiente ainda é só colocar um vídeo de um bebê rato chorando sem parar às 3 da manhã. Ou o valor de uma consulta ao pediatra ou o custo de uma escola ou custo de um presente de Natal absurdamente caro que vai ser destruído na manhã seguinte... Quando um rato para pra pensar nisso tudo ele desiste de ser pai...

(*) no caso o Mickey do Steamboat Willie, que entrou em domínio público, e isso segundo o nosso invicto setor jurídico evita um processo da Disney...

Da Equipe de Articulistas