NÃO INTERESSA A NINGUÉM, MAS...
Exército compra de adegas para hotéis militares
Nada como ser um pacifista. O Exército brasileiro não quer guerra com ninguém. A prova disso é que o Ministério da Defesa encaminhou um ofício à Mesa-Diretora da Câmara dos Deputados para justificar a compra de adegas. Antes que alguém pense que vamos usar algum vinho ruim como arma química, na verdade as adegas serão adquiridas para proporcionar "um ambiente mais agradável e confortável" nos hotéis militares.
Certo. Talvez a gente tenha quebrado o recorde de piadas em um só parágrafo. Mas é a mais pura verdade. O Exército quer, via licitação pública, comprar 10 adegas de vinho no valor de R$ 6.219 cada. Ou seja, em vez de usar o slogan "Mão amiga, braço forte" dá para adaptar para algo como: "Boca seca, fígado forte".
O interessante é que o General Marcus Augusto da Silva Neto declarou que os itens são importantes pois proporcionam um "ambiente mais agradável e confortável". A ênfase é importante até porque os itens foram definidos como "bens de luxo", uma vez que não são essenciais para que o Ministério da Defesa desempenhe suas atividades.
"A presença de uma adega de vinhos para serem vendidos aos hóspedes pode melhorar a experiência do usuário nos hotéis de trânsito, proporcionando um ambiente mais agradável e confortável, e pode também ser um diferencial, contribuindo para a competitividade desses hotéis no mercado de hospedagem transitória", diz o ofício do Exército. O texto ainda especifica que a aquisição poderia "atrair mais usuários e, consequentemente, gerar receitas adicionais ou extraorçamentárias".
Vale notar que as adegas seriam colocadas em cinco hotéis de trânsito do Exército, localizados na Bahia e no Sergipe. Os estabelecimentos são utilizados por militares em missões fora de suas sedes ou em férias com suas famílias. Também é possível se hospedar em função de eventuais tratamentos médicos.
Bem, novamente a ZeroZen vai sair em defesa do goró. Não existe nada de errado em uma adega de vinhos. Aliás, cada uma teria capacidade de armazenar 29 garrafas. Ou seja, depois de consumir todo esse álcool ninguém pensa em golpe ou em fechar o Congresso, tudo o que se quer é dormir o mais rápido possível e buscar a transcendência. Nesse sentido, as adegas são essenciais para que o Ministério da Defesa e para o país. No mais é como diria o líder romano Júlio César: Veni, vidi, vici e tomei um porre de vinhi (ou algo parecido)...