NÃO INTERESSA A NINGUÉM, MAS...

Uma vulva no espaço

O machismo está em todos lugares. Até mesmo no espaço sideral. A descoberta da vez mostra que o patriarcado opressor criou foguetes em formato fálico. Alguns incautos poderiam argumentar que se trata de uma reles questão de aerodinâmica. Nada disso. É hora de colocar uma vulva no espaço. Pelo menos é o que acredita a startup WBF Aeronautics.

Não é fake news. Existe uma nave chamada “Vulva Spaceship”. Para quem não está ligando o nome a pessoa, a vulva é a parte mais externa da região íntima das mulheres. O projeto veio a partir de uma colaboração da Dra. Lucia Hartmann e o coletivo feminista alemão Wer Braucht Feminismus? (no português, “Quem Precisa do Feminismo?”). A ideia é desafiar o status quo falocêntrico da indústria.

Hartman, inclusive, divulgou um vídeo para justificar a opção. "Nossos testes revelaram que nosso design exclusivo de vulva é muito mais eficiente do que os foguetes tradicionais. O formato é surpreendentemente aerodinâmico", declarou a cientista líder da WBF.

O corpo da “Vulva Spaceship” é feito em fibra de carbono. Essa constituição o torna resistente a extremos de temperatura e eficiente na conservação de combustível. Isso sem falar no sofisticado sistema de lubrificação. Ou nas milhares de terminações nervosas espalhadas por toda nave.

A WBF Aeronautics está agora coletando assinaturas para incentivar a agência espacial europeia (ESA) a abraçar o design feminista e construir a nave em grande escala. Faltaria, claro, escolher um nome. A ZeroZen sugere Gina. Antes do lançamento, a multidão gritaria: "Vá, Gina! Vá Gina!". Enfim, nada como uma vulva para conquistar o espaço profundo...

Da Equipe de Articulistas