NÃO INTERESSA A NINGUÉM, MAS...

Chegou a hora de comprar a sua roda gigante

Agora vai! O Brasil parece que finalmente achou um caminho para sair da crise. Como fazer isso? Simples! Basta apostar na indústria da diversão. Mais especificamente dos parques de diversões. Em uma atitude digna de um governo liberal, foi zerado o imposto de importação para rodas-gigantes e carrosséis!

Sim, isso é que é irrelevância máxima. Pode procurar na Internet que a notícia é séria (ou não). O fato é que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou temporariamente a alíquota do Imposto de Importação incidente sobre três tipos de equipamentos para parques de diversão. A decisão está no Diário Oficial da União de 5 de junho de 2018.

Mas será que tem uma explicação para tanta generosidade? Acredite quem quiser, tem sim! O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) emitiu um comunicado oficial. O texto diz o seguinte: "O objetivo é reduzir custos para investimentos em parques temáticos no Brasil. De acordo com o pleito da entidade que representa 18 parques brasileiros que possuem cerca de 11 mil postos de trabalho, os equipamentos que tiveram diminuição de Imposto de Importação são importantes para que os parques se mantenham atualizados".

Francamente, o Brasil é mesmo o país da piada pronta. Algum hipster das ciências sociais pode alegar que essa é uma metáfora perfeita da economia brasileira. Nós somos como a roda gigante. A gente gira, gira e gira, mas não sai nunca do lugar.

Só que onde as pessoas enxergam crise a ZeroZen vê mais crise ainda. Aparentemente, surgiu um negócio de oportunidade. A pergunta que não quer calar é: vale a pena investir em roda gigante? Bem, o frete é barato. Não precisa de transporte de caminhão. O equipamento vem rolando. É, de fato, uma vantagem.

Aliás, o empreendedor brasileiro vive reclamando. Vive culpando o governo pelos impostos abusivos e pela burocracia sem sentido. Mas quem mandou ele não apostar em rodas gigantes?

Quer investir? Veja os equipamentos incluídos na isenção de alíquotas (por favor, tente não rir):

1) Equipamento recreativo para parques de diversões, com estrutura de aço, de altura igual ou superior a 4m e diâmetro inferior a 16m, dotado de 6 ou mais gôndolas com 2 ou mais assentos cada, próprio para realizar movimentos giratórios em torno de um eixo vertical, combinados com movimentos de elevação;

2) Equipamento recreativo para parques de diversões, com estrutura de aço, de altura igual ou superior a 5m e diâmetro inferior a 16m, dotado de 12 ou mais assentos suspensos por correntes, próprio para realizar movimentos giratórios em torno de um eixo vertical, combinados com movimentos de elevação;

3) Roda-gigante para parques de diversões, com estrutura de aço-carbono e altura de 88m, dotada de 54 cabines com capacidade para 8 passageiros cada.

P.S. - Aviso aos mi-mi-milênios: o texto acima contém doses maciças de ironia. Não é recomendável para quem acredita em unicórnios repletos de glitter...

Da Equipe de Articulistas

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