NÃO INTERESSA A NINGUÉM, MAS...

Cala boca, Galvão ou como o Brasil é capaz de exportar piadas

Durante o show da abertura da Copa do Mundo na África do Sul o locutor Galvão Bueno alcançou o primeiro lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter em escala global. Por que isso aconteceu? Bem, mais uma vez a Internet se rende ao exército tupiniquim. Nesse caso foi a primeira vez que uma nação conseguiu exportar uma piada. É... ninguém segura esse país. Haja coração, amigo.

A ZeroZen já disse antes, mas vale repetir não existe nada que o brasileiro não possa apatifar. Por isso, antes do começo da Copa do Mundo os tuiteiros (?) do Brasil já estavam preocupados com o festival de sandices, normalmente despejadas a cada transmissão, ditas pelo Galvão Bueno. Então, foram externar sua raiva e frustração em 140 caracteres.

Só que a expressão (ou hashtag para os antenados) "cala boca galvão" se transformou em um sucesso de escala mundial. Isso dá bem uma ideia de como o povo brasileiro adora as opiniões e a narração do Galvão Bueno.

O problema é que mesmo no protesto o brasileiro tem de fazer piada. Os norte-americanos, que estavam intrigados com a situação, resolveram perguntar: quem diabos é Galvão. Neste momento algum gaiato respondeu que se tratava de uma canção inédita da Lady Gaga. Mas não obteve tanto sucesso.

Até que de repente alguém explicou da seguinte forma para os gringos: "cala boca" significaria "salve / salvem" em português e "galvão" seria uma espécie de ave em risco de extinção. E tem mais cada "cala boca galvão" enviado pelo Twitter valeria US$ 0,10 para a Galvao Bird's Foundation. Foi o que bastou para imensa cambada de desocupados que navega pela Internet começar a incrementar a piada. A campanha ganhou cartaz oficial e um vídeo em inglês.

Na estreia contra a Coreia do Norte, logo que a bola começou a rolar uma faixa com a frase "Cala a boca, Galvão!" estava presente nas arquibancadas, mas foi recolhida rapidamente do estádio Ellis Park.

Apesar de toda a esculhambação, o locutor Galvão Bueno comentou a "campanha" Cala a boca Galvão. Em entrevista ao colega de emissora Tiago Leifert, ele contou que o movimento o fez lembrar do "amigo Ayrton Senna". "Ele me chamava de papagaio e até hoje algumas pessoas da F-1 me chamam assim." "Faz parte. É muito legal. A gente entra na casa das pessoas, elas têm o direito de brincar. Estou na campanha e estou sério na campanha", disse Galvão.

É...amigo. Falem mal, mas falem de mim. E haja coração!

Da Equipe de Articulistas

"CALA BOCA GALVAO - Save Galvão Birds Campaign"

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