Freaks & Losers II
Esse texto era para ter continuado na edição seguinte da ZeroZen, mas não continuou. Mas qual edição? Perguntará o incauto zeronauta. Não sabemos. Faz muito tempo. Sabe como é...
Então, depois de um pequeno atraso. De digamos, mais ou menos, uns 20 anos. Notem que esse texto é do tempo que a Zerozen tinha edições. Lá vamos nós.
Bem, nesse meio tempo o número de freaks aumentou exponencialmente. As criaturas que achavam que o avesso é o novo normal tomaram conta do circo. E nada de bom pode sair de uma premissa como essa.
O número de losers permaneceu estável como sempre. Afinal sempre haverá muitos perdedores e apenas um vencedor.
Ser um freak não é uma punição, por aquilo que você fez ou deixou de fazer. Essencialmente viver. É uma escolha de vida. Pela busca desenfreada por “likes” ou “joinhas”, como diria seu avô.
É como querer se transformar em lactose intolerante de propósito. Não faz sentido algum. Mas se você quer defecar como um porco o problema é seu. Em poucas palavras: um freak em uma definição escatológica.
O freak é um loser diferenciado. Mas ainda um loser. Ele quer ser diferente. Mas realmente não faz diferença alguma.
Lembre-se sempre daquelas frases de conforto e solidariedade que devem acompanhar um loser em sua existência:
Você não faz as probabilidades.
O pior ainda está por vir.
As coisas pioram.
Aprenda a perder. Você vai precisar.
Desistir ou não desistir? O importante é não tentar.
E um conselho final: a melhor auto-ajuda ainda é a masturbação.