Serious Sam

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Os desenvolvedores de jogos para computador chegaram, aparentemente, num impasse: fazer jogos onde a ação se resuma basicamente numa carnificina sem sentido ou desenvolver uma história com começo, meio e fim, equilibrada por doses generosas de carnificina sem sentido. Se levarmos em conta que desenvolver o enredo para um game como, por exemplo, Half-Life demanda algum trabalho, sem falar tempo e dinheiro. O pessoal da Croteam, da Croácia, criadores de Serious Sam, escolheram o caminho mais fácil e se deram razoavelmente bem.

Distribuído no Brasil pela Greenleaf, dentro da série Economic Line, Serious Sam pretende de alguma forma emular a diversão da velha escola dos jogos de primeira pessoa( Doom, Duke Nuken 3D). Isso se traduz na falta de uma de inteligência artificial apurada, um roteiro bem definido ou qualquer avanço feito no gênero nos últimos anos. Com exceção da área técnica de som e imagem. Onde Serious Sam se sustenta muito bem.

No game você comanda o veterano das Forças Especiais "Serious" Sam Stone, A história começa num futuro distante, quando a Terra como nós conhecemos não mais existe. Destruída por um alienígena do mal. Os sobreviventes resolvem mandar Sam para uma missão especial: retornar no tempo ao Egito antigo para impedir a destruição da humanidade. O quê diabos os alienígenas estão fazendo no Egito antigo? Por que existe munição infinita para todos os lados? O quê zumbis sem cabeça, mutações genéticas e monstros alienígenas tem em comum?

Mas se você estiver prestando alguma atenção— o que deve ser difícil— já deve ter percebido que Serious Sam é um daqueles jogos de primeira pessoa do tipo: não faça muitas perguntas, apenas atire em tudo que se mova.

Serious Sam é um jogo tipicamente arcade( possui até contagem de pontos!!! ) e sua ação está totalmente enraizada no estilo. Os inimigos vem em levas, os chefões de fase vão ficando progressivamente maiores e mais difíceis sem contar que a supracitada falta de um enredo mínimo que dê alguma lógica para o que está acontecendo. Analisando friamente Serious Sam é um Blood( de longínquos 1997) em amplos espaços. A diferença é que Blood era infinitamente mais divertido.

São 15 níveis e muitos, mas bota muitos nisso, inimigos. As missões seguem a rotina empurre rocha, ache entrada secreta. A diferença é que em Serious Sam você, praticamente, não tem tempo para pensar ou ficar parado. A ação é quase continua. Os inimigos vêm sempre em bandos, tirando vantagem dos amplos cenários. A coisa funciona no melhor estilo: se você chamá-los eles virão. Os adversários controlados pelo computador não se desviam ou mesmo possuem qualquer estratégia de ataque. Eles simplesmente correm atirando para cima de você.

O grande destaque de Serious Sam é o seu poderoso engine 3D, desenvolvido pela própria Croteam. Capaz de suportar um número absurdo de personagens na tela. Sem falar nos enormes cenários, que infelizmente não conseguem fugir do padrão arena de combate. O engine é bastante flexível no que diz respeito a configuração e sistema mínimo. O usuário com um computador de médio porte, como um Pentium II, não terá dificuldades para rodar Serious Sam. Vale ressaltar que o game ainda oferece uma série de opções inéditas para quem possui uma placa aceleradora 3D, como filtros especiais e outras frescuras.

No fim, Serious Sam apesar de não possuir uma inteligência artificial digna de nota e sua ação parecer incrivelmente datada, ainda assim , é um desafio em tanto. Fãs da velha escola de jogos em primeira pessoa, como Doom e Duke Nuken 3D, vão se sentir em casa. Sem contar que, hoje em dia, não se encontra muitos bons games de primeira pessoa por R$24, 90.

Saulo Gomes

Prós: Amplos cenários, uma infinidade de inimigos, bom multiplayer.
Contra: Não faz sentido algum, inteligência artificial mínima.

Requisitos de Sistema:
Windows 95, Pentium II 300Mhz, 64 MB RAM, Placa aceleradora 3D.