SMT Devil Summoner Soul Hackers 2

SMT Devil Summoner Soul Hackers foi originalmente lançado para Nintendo DS em 1997 nos EUA. Era daquele tipo de jogo, que o usuário do DS se perguntava se não ficaria melhor em outro console. Bem, suas preces foram ouvidas: Soul Hackers 2 foi lançado para o PS4, mas o resultado final não foi exatamente o esperado.

É ainda um RPG “hack slacker”, com os usuais suspeitos da franquia Shin Megami Tensei, como: Pixie, Jack Frost e tantos outros.

Mas a história é o verdadeiro RPG do japonês doido. Temos demônios, que possuem almas (souls) que podem ser “hackeadas”. Mas isso é só o começo! A coisa fica muito mais esquisita.

A personagem principal do jogo se chama Ringo! ELA é supostamente uma deusa, ou algo assim, mas não um android. Ao menos, ela própria confessa não ser humana. E é ajudada por um “Devil Summoner”, chamado Arrow, que teve a alma hackeada por Ringo. Depois de ser morto. Sim, morto. Pessoas podem ter a alma hackeada depois de mortas. Falei que nada fazia muito sentido nesse jogo? Detalhe: Arrow ressuscita após ter sua alma “hackeada”. E ele não vai ser o único!

No fundo a história demora demais para tomar um formato mais acessível. Ficando muito tempo tentando ensinar ao “gamer” como jogar o jogo, ao invés de explicar o que diabos está acontecendo... Tipo a história só se desenvolve mesmo, possivelmente, depois que você já desistiu do jogo. Mas não se preocupe, não vale realmente a pena.

O combate é baseado em turnos! O que é no mínimo peculiar para um “hack slacker”. E realmente não ajuda em nada a jogabilidade. Que é aquela combinação vencedora de encontros aleatórios e poucas formas de regenerar SP ou MP. Ou seja, frustração garantida. Atlus style.

Soul Hackers 2 foi lançado depois de Persona 5 e tentou pegar carona no sucesso da outra franquia da Atlus. Tinha até “phantoms” na história. Mas não colou.

Razões? “Animesco” demais e japonês da gema ao extremo! Soul Hackers 2 é um jogo para um nicho bem restrito. Essencialmente japonês. E sequer tem um “comedy relief”, comuns em jogos da Atlus, como Morgana ou Teddie. Isso não quer dizer que o jogo se leve a sério demais. Apenas não tem graça alguma.

Saulo Gomes

P.S.: Talvez fosse mais interessante lançar Shin Megami Tensei - Strange Journey, também do NDS, para o PS4. Mas aí são outros quatrocentos.

PRÓS: É esquisito.

CONTRAS: Não vai muito além do curioso. É japonês da gema ao extremo.