Hades

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Hades é um hack slash, Diablolike e roguelike. Entenderam? Ok, essa merece alguma explicação para mirins: Hades é em essência um hack and slash ou slacker como Diablo, porém roguelike. Melhorou? Essa é uma pergunta retórica.

Tudo bem, vamos entrar em detalhes: você começa o jogo e sai matando tudo o que aparecer na sua frente. Normal, certo? Porém esse jogo é um “roguelike”. Se você morrer uma vez que seja, tem que recomeçar o jogo de novo do zero. Seria digamos um: hack stop(dead) slash. O que é um saco. E obviamente agrada apenas quem não tem mais nada o que fazer. Como, por exemplo: pagar contas e trabalhar. Essas coisas mundanas e triviais...

Diga-se de passagem, grande parte do “elenco” do jogo é formado por deuses mitológicos diversos. Do tipo que você já viu em outros jogos, como por exemplo: Shin Megami Tensei e Persona... Pois eles são baratos (depois de Kratos não sobrou nenhum vivo para reclamar direito autoral). Enfim, para usar seus nomes ou fisionomia deve ser possivelmente de graça... Captaram a mensagem?

Também se pode concluir que a estória não é o ponto forte de Hades. O que não é exatamente uma surpresa. Quem joga um hack slash pela estória? A única surpresa da estória é que você é, na verdade, Zagreus, filho de Hades! E, ironicamente, ele quer morar sozinho e deixar “The Underworld”.

Desculpem mi-mi-milênios, mas talvez vocês devessem prestar melhor atenção nessa estória. Um dia a mamata acaba... E as coisas vão piorar! Elas sempre pioram! Sim, a estória de Hades é como, digamos, um filme “coming in age” daqueles que passavam na Sessão da Tarde. Só que “roguelike”, afinal filhos de deuses também tem problemas. É como a vida real, ou não.

Quanto ao gameplay, Hades lembra, às vezes, Diablo ou, até mesmo, Baldur's Gate, mas sem a opção de regenerar sua saúde! Milênios vocês querem jogos difíceis? Tentem passar num vestibular ou quem sabe numa entrevista de emprego!? Essa é uma experiência roguelike de verdade! Bando de mirins... Videogames não precisam ou devem ser assim!

Agora se o gameplay “roguelike” já é frustrante ao natural. Agora imagina enfrentando os chefões de fase! Sim, Hades tem chefões de fase. E eles são frustrantes para cacete.

Detalhe controverso: o jogo possui um “God Mode”. Sim, mas não é exatamente o que você está pensando... Você ainda morre normalmente, porém volta mais forte. Mas não o suficiente. Acredite!

Diga-se de passagem, Hades é um jogo “indie”, lançado inicialmente para Nintendo Switch e PC, mas que ganhou versões para XBOX e Playstation com o hype gerado... A pergunta que fica é: esse hype se justifica? A resposta é: não. Entrando em detalhes: esse jogo pode atrair um nicho de jogadores muito específico. E realmente atraiu.

É o suficiente para garantir uma franquia? Não. Fora do nicho é improvável. Porém, com o tempo pode, facilmente, se tornar um jogo para não ser jogado, especialmente, baixando de preço, ou sendo PSN Plus...

Saulo Gomes

PS: Hades possui uma verdadeira epopéia de troféus. O que, certamente, torna platinar esse jogo, digamos, no mínimo, cansativo.

Pros: Tem um bom jogo aqui, em algum lugar.
Contras: Não encontramos.