Final Fantasy VII Remake
Bem, depois de muitas tentativas a Square Enix, finalmente, resolveu refazer Final Fantasy VII, que definitivamente não envelheceu muito bem....
Esse é um “remake” fiel ao jogo original, desenvolvido e publicado pela SquareSoft, hoje Enix, e lançado para o PS1 em 1997! Fiel no sentido que conta a mesma estória, mas agora com gráficos infinitamente melhores. Ainda bem!
O original Final Fantasy VII, talvez tenha sido o primeiro jogo a sofrer com o excesso de hype. E acreditem: Final Fantasy VII é até hoje recordista de devoluções nos EUA. Algo que não existe mais. Agora que, hoje em dia, quase tudo é digital.
Mas vejam bem: o Final Fantasy VII, original, era um RPG japonês com muitos textos e combate baseado em turnos. O que fez a maioria dos americanos abandonarem o hype rapidinho. E simplesmente devolverem o game para a loja onde compraram, pois não era isso que eles pensavam estar adquirindo.
Para piorar as coisas o jogo não tinha o Dual Shock. O que explica, em tese, o combate ser baseado em turnos. O que transformava a jogabilidade num estorvo. Sim, o Final Fantasy VII original não era um jogo de ação! Diga-se de passagem, esse “remake” está mais para um “hack and slash”, do que a lerdeza do original. O que é uma coisa boa.
Ao contrário da maioria dos RPGs. Final Fantasy era, pasmem, uma ficção cientifica. Passada num futuro distante qualquer, e não em uma visão deturpada da Idade Média, típica dos RPGS.
Essa “Fantasia Final”, que realmente, nunca acaba e inclui aquele usual samba do crioulo doido japonês, misturando cristianismo, mitologia e outras lendas “populares”. Que se analisadas friamente, não fazem sentido algum.
Diga-se de passagem, Final Fantasy VII talvez tenha sido um dos primeiros triple-A games. Com um orçamento de 80 milhões de dólares. E com mais de 40 minutos de “full motion vídeos”, graças aos arcaicos CD-ROMs. Três! No jogo original! Quem tem saudade disso?
Sendo um dos primeiros games “full 3D”, bem a frente do seu tempo. Obviamente não envelheceu nada bem! O melhor a fazer, talvez, seja mesmo esquecer o jogo original. O que para um “remake” pode ser algo estranho!
Diga-se de passagem, esse remake foi dividido em partes! Logo espere muito papo furado e enrolações! Mas a divisão do jogo em capítulos pode ser um tiro pela culatra, uma vez que muita gente já deixou bem claro que prefere esperar pela versão “De Luxe” ou GOTY, com todos os DLCs e outros badulaques, do que comprar o jogo em capítulos. Afinal, Final Fantasy não é novela da Globo. Ainda.
Seguindo nessa linha a Square Enix poderia fazer um remake de Final Fantasy VII: Crisis Core do PSP. Que até tinha bons gráficos para o PSP, o problema era a jogabilidade. Onde os controles do PSP, ou a falta de, era o maior desafio do jogo. Sendo que Crisis Core era tecnicamente uma “Pre-Sequel”, e narrava acontecimentos antes dos eventos do jogo original.
Mas vejam bem: videogames não são como bons vinhos! Eles não costumam envelhecer bem... Esses “remakes“ ou remasterizações é mais um sinal que as idéias acabaram e vamos ficar jogando os mesmos jogos infinitamente... Sem falar que alcoolismo é um vício mais produtivo do que "gaming"!
Prós: Bons gráficos...
Contras: Depois de tudo. Ainda é Final Fantasy.