Jogos nem tão baratos assim 22


Shadow Warrior 3 – Caros zeronautas, vocês se lembram de Shadow Warrior? Mi-mi-milênios Shadow Warrior era um jogo para PC “doomlike” lançado originalmente em 1997! Como Doomlike entenda um jogo de tiro em primeira pessoa feito a partir do engine 3D do Doom. Existiram inúmeros jogos assim. Por exemplo, Hexen e Heretic. Só para citar alguns. E existia “Shadow Warrior” um jogo de tiro sobre artes marciais. O incauto zeronauta pode pensar como assim de tiro sobre artes marciais? Sim, um jogo de tiro em primeira pessoa sobre artes marciais. Ele foi refeito em 2013 e agora já anda no terceiro exemplar. E, acredite, não está numa seção chamada “jogos nem tão baratos assim” por ter sido um sucesso.

Kaze and the Wild Masks – Ei! Esse é jogo brasileiro. Apesar de ser lançado pela Soedesco Publishing. O mais incrível é um bom game. Na verdade, é uma cópia, digo, homenagem descarada a Donkey Kong Country. A diferença são as máscaras que dão habilidades especiais à protagonista. Com elas, Kaze pode escalar paredes como um tigre, voar como uma águia, correr com a velocidade de um lagarto e nadar como um tubarão. A trama é simples. Uma maldição recaiu sobre o arquipélago Crystal Islands transformando os vegetais em monstros. Cabe a coelha Kaze resolver o problema. Além disso, ainda precisa resgatar seu amigo Hogo. Esse é um daqueles raros casos onde a técnica do "copia, mas faz um pouco diferente" deu certo.

Embr – Um jogo sobre bombeiros sem a parte do alcoolismo. Não poderia dar certo.

Project Warlock: Fully Loaded – Esse é um game inspirado em Doom, Hexen, e Wolfenstein. Se você reconheceu todos esses três jogos, é uma prova inegável e irrefutável da sua velhice. Baseado na nostalgia e na incapacidade das pessoas aprenderem a jogar novos gêneros, a Crunching Koalas resolveu apostar no passado. É um FPS das antigas. Atire em tudo o que se mexer. História? Quem se importa? Continue atirando. São 60 níveis enormes em 5 áreas diferentes. Até parece um disco do É o Tchan pois mistura uma base gelada na Antártica a uma fase nas areias egípcias. Existem locais secretos, 38 armas, e muitos monstros. Apesar da falta de criatividade, pode agradar aos fãs do gênero.

Werewolf: The Apocalypse – Earthblood – É um jogo muito ruim. Talvez tenha como mérito ter inventado a máquina do tempo, pois mesmo sendo lançado em fevereiro de 2021 parece ter sido feito em 2006! Som, gráficos, jogabilidade, tudo parece ultrapassado. Agora, quem é o gênio da Nacon SA que coloca jogabilidade furtiva em um lobisomem? Alguém pede pro Wolverine não fazer barulho? Esse é um game para sair dilacerando os inimigos sem dó nem piedade.

Root Film – Honestamente, é difícil acreditar que alguém pague mais de um dígito por uma visual novel (à exceção, talvez, de Doki Doki Literature Club, que, por sinal, é gratuito). Root Film acompanha a história de Rintaro Yagumo, selecionado para ser o realizador do reboot do "Projeto Drama de Shimane”, uma série de TV cancelada há 10 anos por motivos desconhecidos. Porém, um homicídio durante o processo de escolha de locais para rodar a série complica tudo. Espere uma tonelada de diálogos e um final realmente decepcionante.

Untitled Goose Game – Esse é um jogo da geração Youtube. Por que não tem jeito de saber o que fazer no game. Só indo olhar vídeo no Youtube mesmo. Por incrível que pareça é um jogo de ação furtiva no qual o jogador faz o papel de um ganso!! O bicho anda solto em um vilarejo e como se fosse um filme da sessão da tarde vai aprontar altas confusões. Não se engane: é um jogo bem mais difícil do que parece (e do que deveria ser).

The Plane Effect – Jogo indie extremamente confuso. O jogador faz o papel de um trabalhador que sai do escritório e precisa chegar em casa. Mas, em tese, acontece uma anomalia cósmica e ele passa a ser perseguido por uma força maligna de um outro mundo. Ou algo no gênero. É um game para quem gostou de Limbo ou Inside. Da mesma forma, vai chegar ao final sem entender nada. Em tempo, as partes de plataforma são muito ruins.

Neptunia Virtual Stars – RPG de ação japonês. A trama se passa em Virtualand, um mundo digital que existe ao lado de redes de várias dimensões. Dentro da Virtualand está o planeta Emote, que está em vias de extinção por conta de um grupo maligno de destruidores de conteúdo conhecido como Antis. Então, a deusa digital do planeta Emote, Faira, envia um sinal de socorro para outras dimensões na esperança de encontrar alguém que possa salvar o planeta. E quem são as heroínas? As deusas de Gamindustri: Neptune, Noire, Blanc e Vert! Se você já jogou outro game da série, que já tem 11 anos, sabe o que vai encontrar. Ou seja, aquela coisa JRPG de sempre...

Volume – Mike Bithell foi o sujeito que criou Thomas Was Alone. A gente até já resenhou na seção Cheap Games. E, pasmem, ganhou dinheiro. Tanto que investiu tudo em Volume. O game é para ser uma homenagem a Metal Gear Solid. Ou seja, é um game de ação furtivo. A história de Volume é baseada em uma versão moderna da lenda de Robin Hood. O jogador faz o papel de Robert Locksley, um ladrão que encontra um dispositivo chamado "Volume", que permite ao usuário simular assaltos que fazem parte de uma tentativa secreta de golpe militar! O dispositivo possui uma inteligência artificial embutida chamada Alan, que serve de apoio. É ela que dá as dicas de como jogar Volume. Robert decide usar o dispositivo para transmitir as simulações de crimes de alto perfil pela Internet. O vilão é Guy of Gisbourne, presidente de uma empresa que assumiu o comando da Inglaterra e administra o país como uma corporatocracia. Apesar de toda essa confusão, é um jogo razoável no gênero.

Da Equipe de Articulistas