Cheap Games - o barato que sai barato mesmo 65


#funtime – Sim, agora o nome de um jogo tem hashtag no título. Quem diria? #culpemasredessociais. De qualquer forma o game é um Twin Stick Shooter com uma pegada arcade. Ou seja, é um jogo de navinha no qual você atira em tudo que se mexer em busca de um novo recorde de pontos. #ZeroZentambémécultura. A inspiração aqui é Geometry Wars sem o mesmo talento e criatividade. #AquiéCheapGames

We The Revolution – É um jogo de tribunal. Mistura de Phoenix Wright: Ace Attorney e Papers Please. O game se passa durante a Revolução Francesa. O jogador faz o papel de um juiz do Tribunal Revolucionário. A ideia é dar sentenças enquanto tenta se equilibrar no jogo político da época. O problema é que o jogo tem opções demais e um menu incrivelmente confuso. Ou seja, ao contrário da Revolução Francesa esse game não te faz perder a cabeça...

Away: Journey To The Unexpected – O jogo é um FPS que deveria ser divertido e colorido. Mas ele é um roguelike. Não é um jogo para crianças. A não ser que você queira ensinar o valor da raiva e da frustração. O heroi do jogo, diga-se de passagem é uma criança que está procurando seus pais. Dá para recrutar aliados. Isso facilita bastante a progressão. O combate é ruim, com armas de curto alcance um hit detection muito aleatório. Porém, esse é o caminho natural. Ou seja: Cheap Games: Journey To The Expected

Holy Potatoes! A Weapon Shop?! – Aparentemente, os eleitores do Bolsonaro gostam de fazer "arminha". Bem, existe um jogo para eles. Em Holy Potatoes! A Weapon Shop?! o objetivo é fazer armas, muitas armas. Só que em vez de sair atirando por aí, a ideia é vender. Afinal de contas, todo herói tem a sua arma certa. Basicamente, o jogador é uma batata que tem uma loja de armas. É isso mesmo. Compre materiais, encontre relíquias, localize feitiços nas viagens, treine os ferreiros. Então, crie uma arma. Depois repita o processo até ficar entediado. E isso não demora muito. Na melhor das hipóteses, o jogo serve para matar (sem trocadilho) o tempo.

Freakout: Calamity TV Show – Já que é tempo de BBB (e não estamos falando de mais um rebaixamento gremista) algum incauto pode tentar arriscar a sorte em Freakout: Calamity TV Show. Basicamente, o jogador faz o papel de uma estrela de reality show no qual precisa enfrentar mutantes e máquinas assassinas. Em essência, é um Twin Stick Shooter. Porém, tem gráficos de PS1, problemas de texturas, bug em quase todas as fases. Enfim, a calamidade não necessariamente está no show de TV...

Jazzpunk: Director's Cut – Jazzpunk: Director's Cut é um game. Você aperta um botão, alguma coisa acontece. Existem objetivos a serem cumpridos. Mas nada faz muito sentido. Em tese é um jogo de aventura (mais pro lado da comédia) ambientado em uma realidade alternativa do Mundo da Guerra Fria. Ele tem foco em gadgets estranhos, locais exóticos e na exploração de mundo aberto. Se você tem aquele senso de humor bizarro, talvez possa ser uma aposta.

Plox Neon – É um jogo de puzzle. Mas o verdadeiro quebra-cabeça aqui é saber como esse game conseguiu ser publicado. Tem toda a cara de ser feito para um celular de entrada da Motorola. Basicamente, o jogador é uma bolinha que vai riscando o mapa. Cada vez que ele consegue ir de uma ponta a outra, elimina parte da tela. Se conseguir destruir a maior parte, sem ser atingido o nível termina. São 60 níveis, mas é preciso ter muito amor no coração (e absolutamente nada de interessante para fazer) para terminar mais que uns cinco níveis...

Rainbows, Toilets And Unicorns – Apesar do nome bizarro, esse jogo é um vertical shooter. O famoso jogo de navinha, porém sem navinha. Por que basicamente o game começa com o herói indo comer o seu sorvete favorito com sabor de unicórnio. Mas dá vontade de fazer aquele submarino amarelo. Porém, tudo que resta é um banheiro químico. O jogador vai para o trono e vai para o espaço. Enfim, é um game realmente estranho. Quem poderia imaginar que iria atirar em uma terra plana, no topete do Donald Trump e em um integrante de um grupo anti-vacina. Apesar de tudo, o jogo não é divertido. Basta ser atingido uma vez para ter de repetir toda a fase de novo.

Laser Disco Defenders – A verdade é que depois do Blu-Ray fica difícil defender o Laser Disc. Mas, pasmem, o jogo na verdade é feito para defender a música disco! Sim, aquele estilo de música que teve um evento chamado 'Disco Demolition Night'. O que foi isso? Na noite de 12 de Julho de 1979 em uma partida de beisebol no estádio Comiskey Park, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, uma ação promocional convocada pelo DJ Steve Dahl oferecia desconto nos ingressos para cada LP de “disco music” que fosse levado para ser destruído durante a disputa! É justamente esse tipo de som que Laser Disco Defenders quer ressuscitar. Os Laser Disco Defenders querem derrotar os planos do diabólico Lorde Monotônico, por isso espere um trilha sonora disco dos anos 70. É um jogo curto. Pode agradar quem gosta do gênero Twin Stick Shooter.

The Church In The Darkness – É um jogo de ação furtiva com visão isométrica. É possível atirar, mas a ideia aqui é não chamar a atenção. Basicamente, o jogador terá de resgatar (ou não) seu sobrinho Alex. Ele faz parte de um culto e agora não quer saber de voltar para casa. O game da Paranoid Productions se inspira nitidamente no massacre de Jonestown. Mas o gameplay arruina tudo. Um game com foco no furtivo precisa ter controles precisos. Mas esse não é o caso de The Church In The Darkness. Enfim, de boas intenções o inferno (e a seção Cheap Games) está cheio...

Saulo Gomes