Cheap Games - o barato que sai barato mesmo 52

Alteric - Se o herói do jogo é um quadrado e nada mais, é bem provável que você esteja jogando um Cheap Game. É exatamente o caso de Alteric. É um jogo de plataforma. Só isso. Não há história. Apenas níveis (e alguns chefões) para serem superados pela figura geométrica. Ou seja, fazer o game levou menos tempo do que escrever um texto para a ZeroZen...

Color Slayer - É um endless runner. Uma mulher corre sem parar segurando duas espadas. Uma tem a cor roxa, a outra tem a cor azul. Acerte os inimigos coloridos com a espada respectiva. Ou seja, destrua os azuis com um golpe da espada azul, destrua os roxos com um golpe da espada roxa. E acabou. Não há mais nada a fazer. Consiga um recorde e mostre para os seus amigos. Isso vai provar de uma vez por todas que você é pobre...

Dead Land - É um jogo de sobrevivência. Nesse caso, é a mais pura verdade. É difícil sobreviver a 10 minutos de Dead Land sem bocejar. Mate zumbis sem parar para fazer o maior placar. Você até poderia mostrar o resultado para os seus amigos. Apenas para descobrir que eles têm dinheiro para comprar games melhores...

Boiling Bolt - Jogo de navinha em 3D. Um pouco acima da média. Embora se você jogar bêbado, todo o jogo de navinha fica em 3D...

Delta Squad - É um arcade shooter. Naquela visão isométrica do GTA raiz. Atire em todo mundo. São cinco fases com 10 missões cada. Banal e repetitivo como.

Kid Tripp - Já que a onda retrô está em alta, por que não voltar aos tempos do NES? E por que não recuperar a nostalgia daqueles níveis horríveis e frustrantes. É isso mesmo. Kid Tripp é um daqueles jogos irritantes, baseados no pulo do pixel perfeito. Basicamente, um garoto está dirigindo um avião e tromba com uma girafa. Cai na selva e é perseguido por todos animais da floresta. Em tese, é um jogo curto. São cinco fases com cinco níveis cada.

Mugsters - Jogo de puzzle. Tem a possibilidade de ser cooperativo (no modo local). Não tem nenhuma cutscene para explicar o contexto (aqui é Cheap Games, porra!). Mas os alienígenas invadiram e escravizaram toda a Terra. E cabe ao jogador mandar esses invasores para o espaço sideral. Então, é preciso visitar várias ilhas, salvar humanos, coletar cristais e destruir instalações alienígenas. Não parece divertido e não é.

Paradox Soul - Jogo no estilo metroidvania. Ou seja, é um clone do game Metroid lançado em 1986!! Assim como todos os clones, não tem nem 1% da diversão do original. O jogador precisa combater uma força maligna em uma instalação. Para isso vai ter que ficar indo e voltando dentro do prédio.

Tcheco in The Castle of Lucio - Um clássico da chinelagem universal. O desenvolvedor Marcelo Barbosa fez um jogo absolutamente bizarro. Na verdade, são uma série de mini-games que só devem fazer sentido na cabeça de quem criou o game. Mas a trama - ou a completa ausência dela - fez sucesso. O jogo teve até continuação. Para se ter uma ideia da tosquice, o código de trapaça (que dá 30 vidas no começo do jogo) no Xbox e no PC é: B,A,B,A,B,A,B,Y. Ou seja, Baba Baby! Da Kelly Key! É mesmo muita chinelagem!

Rift Racoon - O que dizer que um jogo que já começa errado no título. Sim. Em inglês o certo é Raccoon. Isso seria o equivalente a escrever "Guachinim" em português. Pelo menos o jogo é bom? Claro que não. É um jogo de plataforma no estilo retrogamer com pulos auditáveis. Só que o animal do título pode se teleportar por pequenas distâncias. Assim, ele resolve os puzzles do game. Mas a movimentação é tão ruim quanto a defesa da Chapecoense. Em uma palavra: fuja.

Saulo Gomes