Cheap Games - o barato que sai barato mesmo 37

Croc's World 3 – Procura um jogo de plataforma para as crianças? Tem certeza que está no lugar certo? Aqui é Cheap Games. Croc's World 3 é simples e simplório. Quase não dá para acreditar que esse é o terceiro game da série. Pelo menos acrescenta mais um personagem. Agora além de jogar com Croc é possível usar Roodie. Como ele é um canguru, tem um pulo mais alto. Croc's World segue a rotina dos games anteriores. Acerte uma pedra brilhante para ganhar um capacete. Colete joias. Pule em cima de caramujos e caranguejos e outros animais. A mesma coisa de sempre. Se você pagar mais de um dígito nesse jogo vai chorar lágrimas de crocodilo...

Betty Bat's Treasure Hunt – São 20 níveis de pura pobreza. Esse talvez seja o primeiro jogo a estar na lista para receber o auxílio emergencial do governo. O mais incrível é que Betty Bat's Treasure Hunt tem uma história! Os morcegos se cansaram de viver em cavernas. Então decidiram juntar uma grande quantidade de joias para comprar um castelo. Só que Betty era a morcego mais veloz. Por isso, ela precisa coletar todas as gemas que estão com outros morcegos. O problema é que os pássaros ouviram os planos e resolveram atrapalhar a vida dos amigos do Batman. O mais rápido deles, o pássaro roxo, é capaz de roubar as joias coletadas por Betty. E é só isso. Colete as joias e fuja dos pássaros. Após um tempo, se você tiver mais joias que os pássaros o nível termina. Dá para platinar em 45 minutos. No final, Betty é promovida e vai fazer trabalho de escritório. Já os pássaros são presos, o que explica por que muitos deles vivem em gaiolas...

Arrog – Arrog é como se fosse um filme indie Alemão com legendas em sueco. Ou seja, ninguém entende nada. Mas, em tese, o game representa as visões peruanas sobre a vida e a morte com uma narrativa sem palavras. São vários puzzles para resolver. A grande maioria é bem simples. Dá para platinar em 30 minutos. Ao final do jogo se descobre que o pós vida peruano se parece com as vinhetas da MTV dos anos 90...

Storm Boy – Esse é um game mais curto que coice de porco. São pouco mais de 30 minutos de experiência. Por que, na verdade, trata-se de uma história interativa com alguns minigames pelo caminho. O jogo é baseado no livro australiano para crianças de 1964 escrito por Colin Thiele. O jogador assume o papel do protagonista, o Storm Boy. A trama começa quando o garoto encontra três filhotes de pelicanos abandonados. Ele cria os bichinhos e se apega profundamente. Mas um deles se torna o seu preferido e recebe o nome de Percival. A partir daí, a dupla explora a beleza natural da lagoa Coorong e do majestoso litoral sul da Austrália. Mas como o mundo da Sony é só tristeza e agonia, a história termina da pior forma possível. Compre se o seu objetivo é moldar o caráter do seu filho...

Virtugo – Jogo de puzzle. Organize os quadrados. É praticamente igual ao Tetris só que completamente diferente. Pra ser sincero, se parece mais com um game das antigas chamado Klax, que teve várias versões lançadas (PC, Sega Genesis, Game Gear, etc). Ou seja, é um tipo bem específico de nostalgia...

Robozarro – É um jogo de plataforma com puzzles de física. Foi criado pela Flame Frozen Interactive. O game se passa na cidade de MEK Angeles. O jogador faz o papel de um robô (é óbvio) que se chama O-Rama Tron. Você tem um companheiro de jornada. É outro robô, o BO/3. A sua missão é encontrar um doutor desaparecido. Há alguns diálogos, mas nada muito relevante. O que importa é atacar os inimigos e resolver puzzles. Outros grandes problemas do jogo são os seus controles. O robô é capaz de lançar um gancho para alcançar as plataformas mais altas. Mas tudo mal feito e pouco responsivo. Resultado? Surge a sua dose diária de raiva e frustração. No final das contas, Robozarro é como se fosse o governo brasileiro. Ou seja, muita pretensão e pouco resultado.

Ovivo – O que é Ovivo? Certamente um jogo que não foi patrocinado pelo Oclaro. É um game de plataforma em preto-e-branco. Para avançar, ora é preciso deslizar pelo lado branco, ora pelo lado preto. Tudo isso com a ajuda da gravidade. Assim como o seu namoro, o jogo começa bem, mas logo depois complica e cada ação passa a ser um tormento.

The Path Of Motus – Um jogo de plataforma que não é no estilo retrogamer? Sim, espere o inesperado na seção Cheap Games. Mas também não espere gráficos sensacionais. A diferença é que The Path Of Motus tenta ser um jogo positivo. Com um final cheio de esperança e com uma curiosa quebra da quarta parede. Talvez fosse um jogo recomendável para crianças? Nem tanto. A parte dos puzzles mistura a combinação de linhas e números. Em alguns momentos, o resultado pode ser bem frustrante. O combate tenta emular um combate verbal. Então cada vez você ataca com um botão diferente. No final das contas, acaba sendo mais interessante no papel do que na prática. E isso também resume a experiência de jogar The Path Of Motus.

88 Heroes – Esse é um jogo com uma ideia diferente. Usar 88 heróis em um único jogo. O problema, claro, é que eles são muito ruins. Gente como Glass Girl, Jim Nastics, The Great Bloctopus. É... foi o que se pode arranjar. A premissa é simples. Os heróis precisam derrotar o temível Dr. H8. Sim, tem um trocadilho em inglês no nome. O jogo tem um senso de humor da quinta série. Para vencer o vilão, o jogador terá 88 minutos para passar de 88 fases diferentes, cada uma com um tempo limite de 88 segundos. O que torna o jogo interessante é o fato de que basta um único tiro para o seu herói morrer. Porém, ainda restam outros 87. E a cada morte o jogo larga um herói completamente aleatório nas mãos do jogador. Com poderes diferentes e alguns são ridiculamente inúteis. Tudo isso faz parte do senso de humor existente em 88 Heroes. Resumindo: o jogo é bom? É, mas se puder evitar, melhor...

Captain Cat – Um jogo de pescaria estrelado por um gato. São 75 níveis com aquele jeitão mobile. Basicamente, o capitão Gato está em busca de um bom almoço. Ele vai pescar peixes usando uma linha de pesca. O jogador vai mudando a trajetória da linha para evitar uma série de obstáculos até alcançar o peixe. Mas definitivamente não é tão fácil quanto parece. O que só prova que o melhor lugar para se fazer uma pescaria ainda é o supermercado...

Saulo Gomes