Cheap Games - o barato que sai barato mesmo 24

Attacking Zegueta - Senhoras e senhores, temos um vencedor. Attacking Zegueta é um daqueles Cheap Games que honram essa categoria. É inacreditável. Tosco, ridículo, feito com o orçamento de um pacote de pastelina. Talvez o primeiro game a ser produzido em um estado de penúria e mendicância. Na tela de abertura, a desenvolvedora Denysoft alerta para seus direitos autorais. De fato, ameaça com cinco anos de prisão e multa de 250 mil dólares quem piratear o jogo. Pessoal, vocês estão a salvo. A absurda ruindade de Attacking Zegueta impede a pirataria. A trama é simples. O GCPD (departamento de polícia da cidade G) criou uma divisão de robos para proteger a cidade e combater o crime. Sim, aparentemente alguém é fã do Robocop. Mas algo deu errado e os robôs passaram a atacar os humanos. Então Zegueta resolveu agir e lutar contra os robôs e isso é o máximo de história que você vai conseguir. A partir daí, é Cheap Games na veia. Já na primeira tela, o jogo tem uma propaganda da Denysoft dizendo: "Winners Never Quit". Faz sentido. Vencedores não desistem, mas pessoas com bom senso, sim. Attacking Zegueta é para ser um jogo de plataforma. O problema é que os controles são horríveis. Além disso, os inimigos têm um respawn aleatório. Surgem do nada e te acertam sem chance de defesa. Isso é problemático. Até por que são só cinco vidas. Esse jogo é tão bisonho que na tela de abertura está escrito "@5015 Denysoft All Rights Reserved". Ou seja, o jogo foi feito no futuro! Dá pra ver que daqui a 3 mil anos o mundo pós-apocalipse será dominado por Cheap Games...

Road Rage - Espécie de “remake” do clássico Road Hash para o Mega Drive! O popular Monga Drive! Fazer homenagens sem dinheiro no caixa, em geral, não dá certo. Resultado: Cheap Game!

Spelunky 2 – O primeiro Spelunky foi feito para o PS3. Era um jogo de plataforma, vamos dizer tradicional, talvez um dos precursores dos Cheap Games desta geração. Chama atenção, pois você vê o jogo e pensa: olha só ainda fazem jogos como esse! Isso nem de longe quer dizer que você vai comprá-lo, o que dirá jogá-lo! Porém quando o preço baixar pode ser uma boa pedida...

Acess Denied - Um jogo de puzzles. É parecido com o The Witness só que completamente diferente. Basicamente, uma caixa surge do chão é a gente precisa extrair a informação. Mas para isso é preciso resolver um puzzle. Feito isso. Surge mais uma caixa. São somente 36 fases. Dá para terminar rápido.

Deep Space Rush - Adivinhem só: mais um jogo de plataforma no estilo retrogamer. O jogador é um membro de uma força de segurança conhecida como D-Team. Você é enviado para uma estação especial que foi contaminada por um vírus que transformou todo mundo em zumbi. Esse é o tipo de roteiro que é rabiscado em um papel de guardanapo depois de uma bebedeira. É um jogo repetitivo e sem graça.

Beyond Eyes - Com o lançamento do PS5 os jogos ficaram cada vez mais rápidos. Por isso, se você está com saudade daquela lentidão característica de toda repartição pública, Beyond Eyes é uma ótima pedida. O game é um Walking Simulator. Na verdade, é um Walking Very Very Slow Simulator. O jogador faz o papel de Rae uma garota de 10 anos que ficou cega por causa de um acidente com fogos de artifício. Um belo dia Nani, o seu gato, some. Ela então decide ir atrás do seu amigo felino abandonando a segurança do jardim. A ideia é que como Rae perdeu a visão por um acidente, ela tem a memória visual dos lugares que conheceu. Então, boa parte da tela está em branco, mas quando a menina se movimenta o cenário vai surgindo. É como se os demais instintos como audição e olfato criassem o ambiente na mente de Rae. O jogo é muito bonito, a arte lembra pinturas em aquarela. Então, qual é o problema? Bem, se o conceito é interessante, a realização é fraca. Tudo que o jogador faz é andar LENTAMENTE pelo cenário (o que de certa forma até faz sentido, pois a protagonista é cega). Mas não há desafio nenhum. Basta andar e encontrar Nani. A história é razoável. Sem esforço algum, dá para zerar em três horas.

Fluxteria - Esse é um jogo de nave em primeira pessoa. Basicamente, o comandante Hazel precisa acabar com os imperialistas da United Space Force. Como a gente faz isso? Atirando em tudo o que se mexe, é claro. A campanha principal tem somente cinco fases (Cheap Games na veia). É um game tão interessante quanto uma edição do Diário Oficial da União.

Strawberry Vinegar - O game é uma visual novel. Segue, portanto, a mesma regra de sempre: uma tonelada de diálogos e algumas escolhas. Inclusive, em Strawberry Vinegar existem seis finais disponíveis. A heroina é Sakuraba Rie. Ela é uma garota de nove anos, cínica e rabugenta, que pouco se importa com os seus colegas de turma e não tem um único amigo. Ou seja, uma verdadeira leitora da ZeroZen! Só que tudo muda quando um demônio subitamente aparece na cozinha de Rie e rouba uma fornada de bolachas. É isso mesmo. Aqui é Cheap Games, porra! Mas Strawberry Vinegar é aquela platina fácil que pode ser obtida em 20 a 30 minutos.

Prehistoric Dude - Um jogo sobre um homem pré-histórico com gráficos que lembram a pré-história dos videogames. Até que faz sentido. Dude é o herói do jogo. Ele tem a sua refeição roubada por um dinossauro atrevido. Homens e dinossauros nunca conviveram juntos, mas Cheap Games que se preza não tem dinheiro para gastar em pesquisa histórica. E, claro, que se trata de mais um game de plataforma no estilo retrogamer. Mas aqui tudo é irritante. Os controles são ruins, a trilha sonora é fraca. Para piorar, Dude ataca com machados, que estão escondidos na grama. Só que existe um número limitado. Isso, muitas vezes, deixa o jogador sem condições de prosseguir no game. Então, faça com esse jogo o que você faria se visse um dinossauro de verdade na sua frente. Ou seja: fuja!

Innerspace - Esse é um jogo de exploração. Basicamente, esqueça qualquer esperança de combate. A ideia aqui é descobrir os segredos da fase. Você é um - pasmem! - cartógrafo. Com o auxílio de um arqueólogo, precisa desvendar uma área nunca explorada antes. O jogador comanda um avião que sai voando pelas fases e também pode mergulhar no oceano (a aeronave automaticamente se transforma em um submarino. Toma essa, Elon Musk!). O objetivo é encontrar relíquias que vão ajudar a contar a história do lugar. É um jogo calmo, pacato e pacífico. Ideal para quem não gosta de jogar videogames...

Saulo Gomes

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