Capitã Cloroquina e o impávido colosso
A CPI da Covid se transformou em um show à parte. Os integrantes do governo Bolsonaro sabem como promover um espetáculo. O depoimento da secretária do ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, foi melhor que muito stand-up feito por comediantes brasileiros.
Mayra que também é conhecida como "Capitã Cloroquina" confirmou que fez um áudio que circulou pelas redes sociais fazendo afirmações escabrosas, digamos assim, sobre a Fiocruz. No áudio, ela dizia que "tudo deles envolve LGBT" e que "eles têm um pênis na porta da Fiocruz", que "todos os tapetes das portas são a figura do Che Guevara" e as "salas são figurinhas do Lula Livre, Marielle Vive".
Depois de uns 15 minutos de risos, Mayra Pinheiro foi finalmente questionada pelo senador Randolfe Rodrigues. Ele perguntou se a "Capitã Cloroquina" ainda pensava dessa maneira. Pasmem, ela respondeu que "nessa época isso era constatação de fatos". Mais ainda garantiu que: "existia um objeto inflável em comemoração a uma campanha na porta da entidade", disse ela.
Aparentemente, a "Capitã Cloroquina" está obcecada com o tamanho do conhecimento científico da Fiocruz. Ela provavelmente fica eriçada ao ouvir o impávido colosso do hino nacional. Mas a ZeroZen precisa admitir, Mayra Pinheiro tem talento para a comédia. Afinal de contas, é uma profissão em que dá para atacar as minorias e ainda fazer dinheiro. Rafinha Bastos que o diga...