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Prostitutas fazem greve pela picadura de uma vacina


A vacinação no Brasil se arrasta. A coisa está mais devagar do que enterro de viúva rica. Por isso, muitas categorias estão querendo mais destaque no plano nacional de vacinação. Por exemplo, vários Estados resolveram vacinar antes os agentes de segurança. Faz sentido. Só que agora é a vez das prostitutas pedirem destaque na fila da picada.

Por incrível que pareça, as prostitutas de Belo Horizonte pararam de prestar seus serviços. O motivo? Exigir que fossem incluídas entre os grupos prioritários para receber a vacina da covid-19. "Estamos na linha de frente, movimentando a economia. Estamos em risco, não temos auxílio, não temos cesta básica", declarou Cida Vieira, presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aspromig).

Bem, na verdade, as prostitutas estão na linha de frente e na linha de trás. Isso, é claro, depende muito do cliente. Elas também fizeram um protesto com faixas na Rua Guaicurus, região movimentada de lojas populares e motéis onde concentram suas atividades. Mas como motel parece ser um serviço não-essencial elas foram parar na rua.

O governo federal definiu como prioridade na vacinação trabalhadores de saúde, idosos, indígenas, pessoas com comorbidades, entre outros. Mas as profissionais do sexo não foram comtempladas. Uma pena, pois tinham uma vantagem em relação a outras categorias. Por exemplo, elas não têm medo da vacina. Sabem que seria uma picadura na bunda, ou em qualquer outro lugar, e possuem bastante experiência neste tipo de situação.

As prostitutas e os seus clientes ficaram de mãos abanando. Como o plano nacional de vacinação foi feito em Brasília somente os filhos delas foram contemplados...

Da Equipe de Isolamento