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Ozônio no orifício dos outros é refresco


Mais do que nunca em um momento de pandemia é preciso pensar fora da caixa. O momento pede soluções criativas. E foi isso que o prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), tentou fazer. Ele sugeriu a aplicação de ozônio via retal contra o novo corona vírus. Bem, talvez o prefeito tenha encontrado a cura para o cuvid-19...

O prefeito garantiu que a prefeitura vai participar de estudos clínicos com esse tipo de tratamento. Inclusive, declarou que já foi feito um processo de inscrição na Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa). Segundo Morastoni, a técnica funciona. "É uma aplicação (retal) tranquilíssima, rapidíssima, de dois minutos, em um cateter fininho. Isso dá um resultado excelente", explicou.

Acredite quem quiser, existem defensores da ozonioterapia. Aliás, ozônio no orifício dos outros é refresco. Mas a prática é um assunto controverso entre os médicos. Apesar disso, em 2018, foi autorizada pelo Ministério da Saúde dentro da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Sim, o governo acredita que a aromaterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, terapia de florais, entre outras, são técnicas válidas. E isso explica muita coisa. Aliás, explica praticamente tudo. Em tempo, a portaria foi assinada pelo então ministro Ricardo Barros.

Segundo o ministério, a ozonioterapia "representa um estímulo que contribui para a melhora de diversas doenças, uma vez que pode ajudar a recuperar de forma natural a capacidade funcional do organismo humano e animal". O Conselho Federal de Medicina faz duras críticas em relação ao uso amplo da ozonioterapia. Em dezembro de 2017, 55 entidades médicas assinaram um manifesto contrário à difusão indiscriminada desse tipo de tratamento para qualquer doença.

A verdade é que ozônio via retal é capaz de ser mais eficiente do que a cloroquina. Afinal de contas, nos dois casos, você vai tomar onde o sol não brilha. Mas, pelo menos, o ozônio é mais honesto e direto. De qualquer forma, a tentativa mostra que o povo de Itajaí parece aberto (sem trocadilho) a novas experiências...

Da Equipe de Isolamento