Enquanto isso em Xangai
A China lançou uma política de Covid zero. Na prática isso significa lockdown de verdade e testagem em massa da população. Claro que seria mais fácil ter combinado antes com o coronavírus. A variante omicron chegou com tudo ao país. Para conter o avanço das infecções, Xangai está sob um bloqueio quase total desde o início de abril.
O problema é que o esforço do governo chinês não está funcionando. Xangai registrou, por exemplo, 39 mortes por Covid-19 no domingo, 24 de abril. A Comissão Nacional de Saúde da China está constrangida. Nos últimos dias, 87 pessoas faleceram da doença na cidade, que registrou quase 22 mil novas infecções. Isso no Brasil é só mais uma terça ou quarta-feira...
Xangai é a maior cidade da China. O bloqueio total acabou por afetar as cadeias de suprimentos em todo o país. Todos os relatos indicam que a localidade terá de enfrentar dias difíceis pela frente. Lá, pasmem, as autoridades sanitárias estão preocupadas com o avanço da doença.
Até mesmo a capital do país, Pequim, está ameaçada. A cidade registrou 22 novas infecções. Um funcionário da prefeitura garantiu que a situação "é difícil". Para ele, "a cidade inteira deve agir imediatamente". O momento é tão precário que o governo chinês usou dois ideogramas preocupantes para definir a situação: bombril + fogo de churrasco. Ou seja: "acabou a palha assada"...
Infelizmente, a China não é um país tão avançado quanto o Brasil. Aqui não é necessário lockdown ou toda essa preocupação desenfreada. Aqui a gente acaba a pandemia com uma medida provisória. Pronto. O governo não pode ter culpa, se o vírus não sabe ler...