Várias variantes ou agora é a vez da deltacron
Em algum castelo sombrio (ou seja lá onde vivem os vampiros), Humberto Gessinger está preparando um álbum duplo com músicas sobre a pandemia. Provavelmente vai se chamar várias variantes. Isso tudo porque temos uma nova candidata a fazer a gente ficar em casa. Agora é a vez da deltacron.
Mas, assim como o Engenheiros do Hawaii, a deltacron parece destinada ao ostracismo. Essa cepa do coronavírus combina, é claro, características das variantes delta e ômicron.
De acordo com a líder da equipe técnica da OMS para o controle da pandemia, Maria van Kerkhove, não há motivo para pânico (a não ser que o Engenheiros lance um novo álbum). "Nós conhecemos essa recombinação. É uma combinação da delta AY.4 e da ômicron BA.1", explicou Kerkhove.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) garante que já estava preparada para essa variante híbrida. Inclusive, uma análise da sequência do genoma já foi realizada pelo Instituto Pasteur da França. A conclusão? Ela é mais infecciosa.
O perigo seria se a deltacron começasse a se tornar dominante. Mas isso não aconteceu. Até o momento, foram registrados apenas alguns casos isolados na Alemanha, França, Holanda, Dinamarca, Reino Unido e EUA. Sim, o Brasil também entrou nesse seleto grupo.
Mas, por aqui, a gente já revogou a pandemia por decreto. Nenhum vírus é capaz de derrotar uma ata do Diário Oficial da União. E se a OMS não gosta então que contrate um exército de advogados e reclame para o Supremo Tribunal Federal...