O Brasil criou o sincretismo vacinoso
É bem provável que o leitor da ZeroZen estivesse dormindo, ou no mínimo de ressaca, no Ensino Médio em vez de prestar atenção nas aulas. Mas acredite, em algum momento o professor falou em sincretismo religioso. Essa é uma característica tipicamente brasileira. Assim como usar máscara no queixo no meio de uma pandemia...
Mas o impoluto leitor desta revista pode questionar: o que isso tem a ver com uma seção sobre quarentena? Bem, antes de mais nada cabe relembrar o que significa sincretismo religioso. Em essência, há uma mistura entre as religiões Cristã (Catolicismo), africanas e as tradições indígenas. E ninguém briga com isso.
No fundo, essa junção beira a loucura. Os outros países ficam abismados com a naturalidade em mesclar as tradições religiosas de outras culturas. É como se os palestinos comemorassem alegremente o Hanukkah. Não faz o menor sentido.
O brasileiro consegue juntar em sua crença elementos do kardecismo, do candomblé, da religião indígena, do catolicismo, do horóscopo, da numerologia, dos videntes de borra de café e por aí vai. Com tudo isso, fica claro que uma das características do povo brasileiro é acender uma vela para cada santo.
Por isso que o Brasil criou uma espécie de sincretismo vacinoso. Sim, apesar dos grupos anti-vacina estarem cada vez mais atuantes, a população não para de tomar o imunizante. Resultado? Em janeiro de 2022, a gente já tem 68,1% da população vacinada. Ou seja, mesmo quem é contra a vacina acaba se vacinando!
Então, atualizando a frase do Tim Maia, no Brasil prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia, pobre é de direita e integrante de grupo anti-vacina, se vacina! Esse é o país do sincretismo religioso e do sincretismo vacinoso...
De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o ConecteSUS deve ser restabelecido até quarta-feira, 22 de dezembro. Possivelmente, o vírus se instalou no servidor por que alguém clicou no arquivo lista-dos-servidores-da Anvisa-que-aprovaram-vacina-para-criancas.exe.
