Diário do Fim do Mundo - Update
Ninguém é santo na Terra Santa
Às vezes é difícil conviver sem concorrência. Por absoluta falta de competência da tacanha mídia brasileira esta impoluta publicação está se transformando em uma oásis de inteligência, um clarão de lucidez, uma reserva de mercado do jornalismo consciente. Por isso, a ZeroZen sabe, a ZeroZen diz. No Diário do Fim do Mundo de 22 de outubro de 2001 estava escrito: A Palestina vai virar patê.
Ninguém sequer cogitava dessa possibilidade e a ZeroZen já mostrava que Ariel "eu não levo desaforo para casa" Sharon estava louco para trucidar seus vizinhos. O povo de Israel escolheu um representante da linha dura justamente para dar um fim nos ataques terroristas. Para deixar a coisa ainda mais complicada para os palestinos, o presidente dos Estados Unidos, George Bush deu a desculpa que faltava: a Guerra Contra o Terror. Para Israel todos os terrroristas são palestinos...
Mesmo assim é preciso que se diga ninguém é santo na Terra Santa. Os países árabes não aceitam a presença de Israel no Oriente Médio. Os judeus são como um corpo estranho na região. Tanto que, em uma zona recheada de autocracia e governos ditatoriais, a única democracia que prevalece é justamente Israel. Claro que para continuar onde está o povo governado por Ariel Sharon conta com um exército de 173 mil militares muito bem armado e preparado. Vale lembrar que Israel disputou quatro guerras para expandir o seu território e venceu todas.
Por exemplo, com intuito de expulsar Israel do seu território Egito, Jordânia e Síria uniram forças e partiram para o ataque na chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967. Tomaram uma surra histórica e de quebra perderam a Cisjordânia, a Faixa de Gaza, o Sinai, e as Colinas de Golan. Muitos desses territórios conquistados só foram devolvidos nos famosos acordos de Camp David em 1978.
O fato é que como todo mundo no Oriente Médio se acha o povo prometido de Deus, a região tem tudo para continuar sendo um eterno paiol de pólvora. Até hoje a nação palestina existe graças a intervenção da ONU e do freio de mão imposto pelos Estados Unidos. Infelizmente parece que a dupla Bush/Sharon não liga muito para o significado da palavra genocídio. Quanto aos palestinos, apostar todas as suas fichas em alguém tão desqualificado como no Yasser Arafat é pedir para se transformar em uma página de rodapé da história da humanidade... Afinal general que ganha Nobel da Paz não deve ser levado à sério, trata-se de uma contradição em termos.